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Rio sofre novos ataques, mas sem feridos
Fachada de centro cultural projetado por Oscar Niemeyer é alvo de tiros; PMs são atacados ao patrulhar via expressa
Secretaria de Segurança minimiza episódios e
afirma que fatos não têm
ligação com a onda de ataques da quinta-feira
DA SUCURSAL DO RIO
A região metropolitana do
Rio de Janeiro voltou a sofrer
ataques entre a noite de quinta-feira e a madrugada de ontem.
Um centro cultural foi metralhado em Duque de Caxias
(Baixada Fluminense), policiais foram atacados nas linhas
Amarela e Vermelha, que chegou a ser fechada, e dois ônibus
foram incendiados. Em todos
os casos, não houve feridos.
A Secretaria de Segurança
Pública minimizou os episódios. Segundo a pasta, todos os
casos foram fatos isolados e não
têm ligação com a onda de ataques ocorrida na madrugada e
manhã de anteontem, quando
18 pessoas morreram (11 inocentes e 7 supostos criminosos), 5 delegacias e 4 cabines da
PM foram metralhadas, e 6 ônibus foram incendiados.
Apesar de ter ocorrido menos ataques, a população sofreu
com a falta de ônibus. Temerosas, as 48 empresas da capital
fluminense retiraram as frotas
de circulação na madrugada.
Um ônibus da Expresso Nossa Senhora da Glória foi incendiado por bandidos ontem à
noite, por volta das 20h, em
Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Ainda na noite de quarta-feira, um outro ônibus foi incendiado em Niterói. O coletivo
da viação Pendotiba, que faz a
linha 46 (Centro-Várzea das
Moças), foi atacado na estrada
Francisco da Cruz Nunes, no
Cantagalo. Armados com fuzis
e pistolas, os criminosos dispararam tiros para o alto, mandaram os passageiros desceram e
atearam fogo no veículo. Ninguém foi preso.
Ao todo, 11 ônibus foram
queimado no Rio em dois dias.
A fachada principal da biblioteca do Centro Cultural Oscar
Niemeyer, no centro de Duque
de Caxias, foi metralhada por
volta da 1h30. Pelo menos 13 tiros foram disparados por homens que estavam em uma motocicleta. Eles ainda chegaram
a ser perseguidos pela polícia,
mas conseguiram escapar.
A Secretaria de Segurança
atribuiu o caso a um ato de vandalismo praticado por jovens
que tinham acabado de sair de
um baile funk na favela da
Mangueirinha.
Os PMs também foram alvos
de ataques. Na linha Vermelha,
cerca de 20 traficantes da favela Furquim Mendes dispararam tiros de fuzil contra policiais que faziam o patrulhamento na via expressa, nas proximidades da saída para a rodovia Washington Luiz (Rio-Petrópolis). Por precaução, a via
foi fechada por cerca de 15 minutos. Mesmo assim, com medo dos tiros, alguns motoristas
voltaram na contramão.
Na linha Amarela, policiais
militares do BPVE (Batalhão
de Policiamento em Vias Especiais) também foram alvejados
por tiros nas proximidades do
complexo da Maré (zona norte). Para a secretaria, os dois
episódios foram casos rotineiros de confrontos.
Com o objetivo de evitar a repetição dos ataques, a polícia
está ocupando 23 favelas na região metropolitana.
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