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Petista leva nova denúncia à PF
DA REPORTAGEM LOCAL
O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) apresentou
ontem à Polícia Federal a cópia de
um e-mail recebido pela direção
nacional do partido que, segundo
ele, pode ser mais uma pista sobre
o sequestro e a morte do prefeito
Celso Daniel.
O e-mail traz a íntegra do depoimento de um militar reformado,
que foi ouvido em Marabá pela
Sociedade Paraense de Direitos
Humanos. Esse homem, cujo nome não foi divulgado, disse ter
ouvido, no banheiro de um posto
de estrada, uma conversa entre
três homens que podem estar ligados ao crime.
Segundo esse militar, que viajava de ônibus de Goiânia a Marabá
na tarde do dia 19, os três conversavam sobre um "trabalho" que
tinham feito em Santo André. O
corpo de Celso Daniel foi encontrado no dia 20. "[Disseram" Que
o trabalho tinha dado certo. Que o
próximo trabalho ia ser feito numa pessoa acima da que fora feito", disse Greenhalgh, repetindo
trecho do depoimento.
Segundo o deputado, o militar
chegou a ser ameaçado depois
que os homens descobriram que
ele estava no banheiro e poderia
ter escutado a conversa.
Para escapar, o militar teria dito
para o trio que não tinha dinheiro
e estava apenas passando pelo
posto. Os três homens teriam dado R$ 1.000 para ajudá-lo. Ele ainda disse que o trio tinha uma mala
com muito dinheiro e que pôde
ver uma pistola semelhante à usada para matar Celso Daniel.
Um quarto homem, que ele não
chegou a ver, também estaria viajando com os três. A descrição do
trio e o conteúdo das conversas
que mantiveram no banheiro
constam do depoimento que
Greenhalgh entregou ontem à PF
em São Paulo. "Não tem nada a
ver com Farb [Frente de Ação Revolucionária Brasileira"", disse o
deputado.
Greenhalgh afirmou que o militar se apresentou para depor "espontaneamente". O deputado
disse ainda que, segundo o advogado da Sociedade Paraense de
Direitos Humanos, que colheu o
depoimento, a conversa que o militar diz ter ouvido pode ter ligações com o caso Celso Daniel.
"[O e-mail" É muito vago. Não
tem toda a importância que querem dar", disse o porta-voz da PF,
Gilberto Tadeu Vieira César.
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