São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2002

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RIBEIRÃO

Havia cheio de pólvora, afirmaram policiais

PF explode mala achada em avião por suspeita de conter bomba

ROGÉRIO PAGNAN
DA FOLHA RIBEIRÃO

Tripulantes do vôo 3274 da TAM encontraram anteontem uma mala suspeita de conter uma bomba a bordo da aeronave, que havia aterrissado no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto. O avião, um Fokker-100, pousou às 18h38 e vinha de Curitiba (PR) com escala em São Paulo.
A maleta foi destruída por equipes da Polícia Federal e do GER (Grupo Especial de Resgate) de Ribeirão em uma explosão provocada. Os policiais afirmaram ter percebido cheiro de pólvora.
Os restos da mala foram enviados para o IC (Instituto de Criminalística) da cidade para a comprovação se era realmente um artefato explosivo.
De acordo com o gerente da TAM em Ribeirão, Sebastião Antunes, 41, a mala foi encontrada pela comissária de vôo -cujo nome não foi revelado- no compartimento para a bagagem de mão dos passageiros. "Todos os passageiros desceram e sobrou a mala a bordo", afirmou.
O que causou o temor dos funcionários, segundo a polícia, foi a a existência da logomarca da TAM na maleta -ou seja, era uso exclusivo da tripulação em vôos internacionais. "A comissária disse que o avião foi inspecionado antes do embarque dos passageiros [em Curitiba" e que a bagagem não estava lá", afirmou o delegado seccional de Ribeirão Preto, José Manoel de Oliveira.
O gerente confirmou a existência da logomarca, mas disse que a maleta também poderia ter sido adquirida por passageiros.
O delegado disse ainda que a mala foi destruída porque a polícia não tinha equipamentos de raio-X portáteis para analisar o conteúdo do seu interior.
A TAM foi vítima de um atentado no dia 9 de julho de 1997. Uma bomba caseira explodiu dentro do Fokker-100. Um passageiro morreu. O professor Leonardo de Castro, apontado como o autor, ainda não foi julgado.


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