DA REPORTAGEM LOCAL

O resultado da votação foi criticado por especialistas em urbanismo. Para eles, a anistia ao comércio irregular beneficia só uma minoria.
"Não é uma anistia para todos, é para poucos e com poder econômico alto", disse Regina Monteiro, do Movimento Defenda São Paulo.
Para o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Luiz Carlos Costa, a lei significa a "desmoralização da função do poder público de controlar a cidade". "Esses imóveis são claramente caracterizados como em desobediência da lei. Considerá-los legais significa a desmoralização do direito urbano."
Renato Cymbaleiro, pesquisador do Instituto Pólis, lamentou que a discussão do tema tenha sido feita para uma lei provisória. "A cidade perdeu a chance de rediscutir a lei de zoneamento."
Para Iênidis Benfatti, presidente da Associação Viva Pacaembu por São Paulo, a Câmara passou a "mensagem" de que a população não precisa respeitar a lei, porque os vereadores "resolverão o problema".


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