|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
"Não houve favoritismo"
DA REPORTAGEM LOCAL
O coordenador de desenvolvimento da gestão descentralizada
da Secretaria da Saúde, Fábio
Mesquita, disse não ter "vínculo
formal" com André Frateschi e
Regina Bueno.
"O André Frateschi é companheiro da minha filha, mas ele
não é formalmente casado com
ela. E a Regina Bueno, que foi minha companheira durante muitos
anos, nunca foi formalmente casada comigo. A gente viveu apenas algumas poucas vezes em casa
conjunta." A separação foi em novembro, afirma.
Segundo o coordenador, sua ex-mulher, psicóloga, "veio trabalhar
em São Paulo [na prefeitura] pela
sua trajetória", em janeiro de
2001, por meio de um contrato
permanente via Unesco. Depois
de ter implantado o programa de
redução de danos no uso de drogas, presta serviços à pasta.
"Como todas as outras pessoas
que são membros da equipe e que
começaram a trabalhar aqui a
partir de 2001, [Regina e outros]
vão continuar trabalhando com a
gente porque nós estamos muito
satisfeitos com o trabalho que
produzem. Nesse sentido, estamos muito tranqüilos. Já não sou
chefe direto dela há bastante tempo e já não sou nem marido."
"Eu tenho uma carreira separada", disse Bueno.
Ainda de acordo com Mesquita,
sua filha, Juliana, formada em cinema, espanhol e inglês, desenvolveu uma única atividade para
o programa de Aids na atual administração: contatos com palestrantes estrangeiros de uma futura conferência latino-americana
de redução de danos. O coordenador respondeu pelo setor de
Aids por dois anos e seis meses e
atualmente dirige a área que
abrange o programa.
Frateschi, afirma, trabalhou como produtor para a conferência.
"Por uma decisão minha, ele ficou
alocado como uma pessoa prestando serviços", disse Mesquita.
"Nepotismo é favoritismo e patronato, segundo os dicionários.
Em nenhum dos casos tem favoritismo ou patronato. São pessoas
com competência técnica para
desenvolver aquilo a que foram
chamadas. O que pode haver no
caso específico da Juliana Mesquita, que é o caso que tem uma
relação formal... A gente pode discutir um pouco a ingenuidade."
André Frateschi pediu demissão ontem. "O fato de ser filho do
secretário [da Cultura, Celso Frateschi] é só uma infeliz coincidência. Meu pai nem sabe. Não deveria ter feito. Talvez tenha sido ingênuo", disse.
A coordenadora financeira do
programa, Iêda Ferreira, afirma
que seu namorado, Márcio Fernandes Amado, também só prestou serviço pontual à pasta, de tradução. "Foi uma única situação."
Destacou que a prima, Giselda,
psicóloga, tinha sido assistente de
Mesquita. Hoje, como consultora
permanente, não teria subordinação hierárquica à área financeira.
Giselda Lopes preside a Reduc
(ONG do setor de redução de danos na área de Aids). "Vim a convite", diz Lopes. "Tenho toda uma
trajetória."
Texto Anterior: Administração: Saúde contrata parentes de coordenador Próximo Texto: Marta vai a Londres falar sobre Aids Índice
|