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Secretários criticam corte no repasse
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Consed (Conselho Nacional
de Secretários da Educação) quer
negociar com o ministro Tarso
Genro o repasse de parte da cota
do salário-educação retida pelo
governo a partir deste mês.
De acordo com o presidente do
Consed, Gabriel Chalita, o recurso
que os Estados deixarão de receber vai prejudicar, sobretudo, o
transporte escolar. Tarso deve receber o conselho daqui a 15 dias.
Além de criticar a sanção da lei
que modificou o repasse do salário-educação, Chalita disse que,
em 2003, a educação no Brasil não
avançou. "O nosso medo é o retrocesso que pode ser ocasionado
com a retirada de 10% do salário-educação. Porque, se não houver
transporte, a criança não chega à
escola", disse Chalita, após reunião extraordinária do conselho.
O repasse de verba foi modificada com a sanção da lei 10.832,
aprovada pelo Congresso. Antes,
o montante arrecadado com a
contribuição (cobrada de empresas privadas) era dividido entre
União (um terço) e Estados e municípios (dois terços). Sob o argumento de que alguns Estados não
repassavam o recurso aos municípios, foi aprovada a lei.
Agora, a verba das prefeituras
será enviada diretamente a elas.
Por outro lado, a legislação mudou o percentual repassado
-90% do arrecadado será dividido na proporção de um terço para
União e dois terços para Estados e
municípios. O restante fica retido
pelo governo. No início do ano, o
MEC previa investir o recurso na
compra de kits de uniforme escolar e no projeto Escola Ideal.
Com a troca de ministros, o assunto voltará a ser discutido. O
Consed propõe que a União volte
a repassar os 10% retidos.
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