São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2009

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Foco

Hotéis-butique viram alternativa sofisticada de hospedagem no Rio

DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO

Nem Copacabana, nem Ipanema. Para muitos visitantes do Rio, principalmente estrangeiros, a melhor opção de hospedagem está em bairros com pouca tradição no turismo receptivo. Tudo por causa dos hotéis-butique -pequenas e luxuosas casas de hóspede que vêm se firmando como alternativa aos grandes empreendimentos da cidade.
"Os hotéis da orla seguem o estilo americano, com grandes torres de apartamentos. Faltava um local com mais personalidade", diz o canadense Gwenaël Allan, que abriu em 2005 o Relais Solar, em Santa Teresa (centro).
Cercado por densa vegetação, o casarão em estilo colonial tem diárias entre R$ 410 e R$ 650. No térreo, a sala de estar é cercada por uma ampla varanda onde é servido o café da manhã. Em cima, cinco quartos com mobília artesanal. Por todos os cantos, peças adquiridas por Allan e a mulher em viagens pelo país.
"Abrir a janela pela manhã e ver as copas das árvores e o mar é algo muito especial", diz o francês Jean Le Corre, 40. Cliente frequente da ponte aérea Rio - SP, o consultor empresarial que mora na capital paulista passa até três noites por semana no local.
Muito mais gente aposta no filão. "Nossos clientes são pessoas que passam muito tempo em grandes hotéis por conta do trabalho. Quando se dispõem a viajar 12 mil quilômetros, é em busca de algo mais pessoal", diz o brasileiro Rodrigo Harold, que, ao lado do francês François Dussol, administra o La Suite -diárias a partir de R$ 740.
No Joá (zona oeste), o La Suite conquista os visitantes pela vista privilegiada. Da varanda onde é servido o café, tem-se a impressão de que a casa flutua sobre o mar.
Com sete quartos, a casa foi decorada com peças de designers famosos. O resultado rendeu a Dussol uma citação no livro "1000X Architecture of the Americas".
Outro diferencial é a atenção aos visitantes. "A imagem do Rio era muito associada a Copacabana, ao Carnaval e à caipirinha", diz o francês Jean-Michel Ruis, que ajuda os clientes a desvendar os caminhos das artes, do design, do paisagismo, da gastronomia e da música na cidade.
"No Mama Ruisa, o turista descobre o que não descobriria se ficasse em outro local", diz, referindo-se ao hotel-butique que, desde 2005, funciona em um antigo casarão de sete quartos de Santa Teresa. O local foi decorado com móveis e objetos de criadores brasileiros, como o artista plástico mineiro Zemog.
Outra opção é a Casa 32, aberta ao público há pouco mais de dois anos. O imóvel de 1846 fica no Largo do Boticário, Cosme Velho (zona sul), e guarda em seu interior preciosidades como o teto entalhado em cedro de uma antiga sacristia baiana do século 17. São apenas dois quartos, ao custo diário de R$ 730 cada mais 10% de serviço.


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