|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Foco
Hotéis-butique viram alternativa sofisticada de hospedagem no Rio
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
Nem Copacabana, nem Ipanema. Para muitos visitantes
do Rio, principalmente estrangeiros, a melhor opção de
hospedagem está em bairros
com pouca tradição no turismo receptivo. Tudo por causa
dos hotéis-butique -pequenas e luxuosas casas de hóspede que vêm se firmando como
alternativa aos grandes empreendimentos da cidade.
"Os hotéis da orla seguem o
estilo americano, com grandes torres de apartamentos.
Faltava um local com mais
personalidade", diz o canadense Gwenaël Allan, que
abriu em 2005 o Relais Solar,
em Santa Teresa (centro).
Cercado por densa vegetação, o casarão em estilo colonial tem diárias entre R$ 410 e
R$ 650. No térreo, a sala de estar é cercada por uma ampla
varanda onde é servido o café
da manhã. Em cima, cinco
quartos com mobília artesanal. Por todos os cantos, peças
adquiridas por Allan e a mulher em viagens pelo país.
"Abrir a janela pela manhã e
ver as copas das árvores e o
mar é algo muito especial", diz
o francês Jean Le Corre, 40.
Cliente frequente da ponte
aérea Rio - SP, o consultor
empresarial que mora na capital paulista passa até três
noites por semana no local.
Muito mais gente aposta no
filão. "Nossos clientes são
pessoas que passam muito
tempo em grandes hotéis por
conta do trabalho. Quando se
dispõem a viajar 12 mil quilômetros, é em busca de algo
mais pessoal", diz o brasileiro
Rodrigo Harold, que, ao lado
do francês François Dussol,
administra o La Suite -diárias a partir de R$ 740.
No Joá (zona oeste), o La
Suite conquista os visitantes
pela vista privilegiada. Da varanda onde é servido o café,
tem-se a impressão de que a
casa flutua sobre o mar.
Com sete quartos, a casa foi
decorada com peças de designers famosos. O resultado
rendeu a Dussol uma citação
no livro "1000X Architecture
of the Americas".
Outro diferencial é a atenção aos visitantes. "A imagem
do Rio era muito associada a
Copacabana, ao Carnaval e à
caipirinha", diz o francês
Jean-Michel Ruis, que ajuda
os clientes a desvendar os caminhos das artes, do design,
do paisagismo, da gastronomia e da música na cidade.
"No Mama Ruisa, o turista
descobre o que não descobriria se ficasse em outro local",
diz, referindo-se ao hotel-butique que, desde 2005, funciona em um antigo casarão de
sete quartos de Santa Teresa.
O local foi decorado com móveis e objetos de criadores
brasileiros, como o artista
plástico mineiro Zemog.
Outra opção é a Casa 32,
aberta ao público há pouco
mais de dois anos. O imóvel de
1846 fica no Largo do Boticário, Cosme Velho (zona sul), e
guarda em seu interior preciosidades como o teto entalhado em cedro de uma antiga
sacristia baiana do século 17.
São apenas dois quartos, ao
custo diário de R$ 730 cada
mais 10% de serviço.
Texto Anterior: Bilhete do metrô sobe para R$ 2,55 no dia 9 Próximo Texto: Foco: Niemeyer propõe comissão de notáveis para pôr fim a impasse sobre praça no DF Índice
|