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Prorrogada prisão de policiais no PR
JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina
A PIC (Promotoria de Investigações Criminais) do Paraná conseguiu ontem a prorrogação por
30 dias da prisão temporária dos
policiais civis Edmir da Silveira e
Samir Skandar e do empresário
Hissan Hussein. Todos são acusados de envolvimento com o narcotráfico.
Também foi prorrogada por oito dias a prisão temporária do policial Reginaldo Moreira. Segundo
o delegado Adauto de Abreu Oliveira, Moreira será denunciado,
por ligações com o tráfico, em
cinco dias.
Os advogados dos acusados não
foram localizados ontem pela reportagem.
No Paraná, há 11 policiais civis
presos, entre investigadores e delegados, todos acusados pela CPI
do Narcotráfico de envolvimento
com o crime organizado. O ex-delegado-geral da Polícia Civil do
Paraná Ricardo Noronha está foragido desde que teve sua prisão
decretada, no último dia 2. Ele é
acusado de comandar o esquema
do crime organizado dentro da
Polícia Civil paranaense.
Anteontem, o secretário da Segurança do Paraná, José Tavares,
determinou o afastamento dos
delegados Emílio e Cássio Wzoreck, da Polícia Civil de Ponta
Grossa (sul do PR). Emílio, pai, e
Cássio, filho, são acusados de conivência com policiais envolvidos
com drogas.
Os Wzoreck não quiseram falar
ontem com a Agência Folha.
Noel da Mota, adjunto de Emílio Wzoreck há cinco anos, assumiu ontem, interinamente, a chefia da Polícia Civil na cidade. Mota disse que, "nestes cinco anos,
nada soube sobre o envolvimento
de pai e filho com o crime". Emílio era o delegado-chefe e Cássio
Wzoreck, o delegado operacional
de Ponta Grossa.
A Assembléia Legislativa de
Santa Catarina instalou ontem
uma CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) para dar suporte à
CPI do Narcotráfico. A instalação,
por solicitação do PMDB, ocorreu
depois que a Assembléia começou a receber denúncias anônimas de envolvimento de policiais
-civis e militares- de Santa Catarina com o narcotráfico.
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