São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2000


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Prorrogada prisão de policiais no PR

JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina

A PIC (Promotoria de Investigações Criminais) do Paraná conseguiu ontem a prorrogação por 30 dias da prisão temporária dos policiais civis Edmir da Silveira e Samir Skandar e do empresário Hissan Hussein. Todos são acusados de envolvimento com o narcotráfico.
Também foi prorrogada por oito dias a prisão temporária do policial Reginaldo Moreira. Segundo o delegado Adauto de Abreu Oliveira, Moreira será denunciado, por ligações com o tráfico, em cinco dias.
Os advogados dos acusados não foram localizados ontem pela reportagem.
No Paraná, há 11 policiais civis presos, entre investigadores e delegados, todos acusados pela CPI do Narcotráfico de envolvimento com o crime organizado. O ex-delegado-geral da Polícia Civil do Paraná Ricardo Noronha está foragido desde que teve sua prisão decretada, no último dia 2. Ele é acusado de comandar o esquema do crime organizado dentro da Polícia Civil paranaense.
Anteontem, o secretário da Segurança do Paraná, José Tavares, determinou o afastamento dos delegados Emílio e Cássio Wzoreck, da Polícia Civil de Ponta Grossa (sul do PR). Emílio, pai, e Cássio, filho, são acusados de conivência com policiais envolvidos com drogas.
Os Wzoreck não quiseram falar ontem com a Agência Folha.
Noel da Mota, adjunto de Emílio Wzoreck há cinco anos, assumiu ontem, interinamente, a chefia da Polícia Civil na cidade. Mota disse que, "nestes cinco anos, nada soube sobre o envolvimento de pai e filho com o crime". Emílio era o delegado-chefe e Cássio Wzoreck, o delegado operacional de Ponta Grossa.
A Assembléia Legislativa de Santa Catarina instalou ontem uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para dar suporte à CPI do Narcotráfico. A instalação, por solicitação do PMDB, ocorreu depois que a Assembléia começou a receber denúncias anônimas de envolvimento de policiais -civis e militares- de Santa Catarina com o narcotráfico.


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