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PLANTÃO MÉDICO
Aumenta sobrevida dos portadores de Down
JULIO ABRAMCZYK
O avanço da cirurgia cardíaca
e novos medicamentos nos últimos 50 anos trouxeram beneficios não só para a população em
geral, mas particularmente para
um tipo especial de paciente.
Há poucos anos, metade dos
bebês que nasciam com a síndrome de Down não chegava a
comemorar o primeiro aniversário. Os novos conhecimentos
médicos tornaram possível ultrapassar em mais 90% a sobrevida desses bebês no primeiro
ano de vida.
Em 1983, os que passavam
dessa primeira fase morriam aos
25 anos. Mas já em 1997 a morte
desse tipo de paciente era observada, em média, aos 49 anos. A
síndrome de Down, a mais frequente causa de retardo mental,
não é hereditária. É devida a distúrbio congênito (translocação
do cromossoma 21).
O avanço observado na sobrevida dos portadores tornou possível a Quanhe Yang e colaboradores do Centro Nacional de
Defeitos Congênitos dos EUA
relatarem no "The Lancet" uma
análise sobre mortalidade associada à síndrome.
Estudaram as causas de morte
de 17.800 portadores de 1983 a
1997. A morte foi postergada,
mas as causas continuaram sendo defeitos cardíacos, demência,
hipotireoidismo e leucemia.
Os autores assinalam que o
número de bebês com síndrome
de Down vem diminuindo nos
últimos anos. Relatam que nos
EUA são interrompidas cerca de
80% das gestações com diagnóstico pré-natal.
E-mail -
julio@uol.com.br
ESTATÍSTICA MÉDICA
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