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PATRIMÔNIO
Espaço, na zona sul de SP, abriga os restos mortais de dom Pedro 1º e das imperatrizes Leopoldina e Amélia
Capela Imperial será reaberta para visitação
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Capela Imperial do Monumento à Independência, que
guarda os restos mortais de dom
Pedro 1º e das imperatrizes dona
Leopoldina e dona Amélia de
Beauharnais, em breve será reaberta à visitação. O espaço, localizado no parque da Independência (zona sul de São Paulo), está
fechado há cerca de um ano para a
realização de obras de conservação. O exterior do monumento
também passou por uma revitalização nesse período.
Projetado por Ettore Ximenez
para os festejos do centenário da
Independência do Brasil (1922), o
monumento possui um conjunto
de 131 peças de bronze que reproduz o quadro "A Independência
do Brasil", de Pedro Américo. Sob
o monumento, foi construída, em
1952, a Capela Imperial.
Após uma parceria entre a Secretaria da Cultura e o Museu a
Céu Aberto, foram captados cerca
de R$ 700 mil para as obras de
conservação, que ficaram a cargo
da Companhia de Restauro. O patrocinador foi o Banco Real.
De acordo com o presidente do
museu, Paulo Solano, foi feita a
limpeza do granito e do bronze
que compõem o monumento, colocou-se um novo rejunte para
acabar com a infiltração -que
pode danificar a parte interna- e
foi realizada também a revisão
elétrica, hidráulica e do ar-condicionado.
A revitalização contou ainda
com a instalação de um sistema
de monitoramento, com oito câmeras, para evitar o vandalismo.
Francisco Zorzete, proprietário
da Companhia de Restauro, diz
que concluirá a obra na próxima
semana.
Segundo Walter Pires, diretor
do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico), o trabalho será
vistoriado e, se estiver satisfatório,
o interior do monumento poderá
ser reaberto à visitação dentro de
um mês. Além de guardar os restos mortais de dom Pedro 1º, o salão poderá ser usado para a realização de exposições.
Pichações e skate
Antes de ser revitalizado, o monumento estava pichado e sujo.
Sua escadaria também é usada indevidamente para a prática de
skate, o que causa degradação.
A conservação do monumento
é mais um passo de uma ampla
revitalização do parque, que ficou
mais popular após a restauração
dos chafarizes da fonte, em 2004.
Agora, eles estão em pleno funcionamento.
Segundo o administrador do
parque, Daniel Rodrigues Silva
Varela, em 1997 o parque da Independência recebia, em média, mil
visitas por dia aos finais de semana. Agora, são mil visitas por dia
de segunda a sexta-feira e 5.000
pessoas por dia durante os finais
de semana.
"O parque foi redescoberto pela
população e também pela mídia.
Todos os dias recebo solicitações
para a realização de filmagens, fotos e até desfiles", afirma o administrador.
Em janeiro, a marca Cavalera
realizou o seu desfile da 20ª São
Paulo Fashion Week no jardim
francês do parque. Em troca,
doou azaléias para repor plantas
mortas do local.
A professora Érica Lazzarin Inácio, do Centro Educacional Catherine de Médicis (zona leste), levou seus alunos ao parque ontem.
"Na minha opinião, um monumento importante como esse deveria ter monitores para informar
os visitantes. Não há ninguém no
local para explicar a sua importância", afirma.
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