São Paulo, quarta-feira, 31 de março de 2010

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Alarme, câmeras e trava reforçada não impedem furto de bicicletas no Rio

Rafael Andrade/Folha Imagem
Novas bicicletas de aluguel numa estação em Copacabana

FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

As bicicletas passaram a ter travas reforçadas. Os bicicletários ganharam sistema de alarme e câmeras de segurança. Nada disso impediu, no entanto, que, em três dias, mais três "magrelas" disponíveis para empréstimo fossem furtadas na zona sul do Rio.
O serviço de locação, retomado no último dia 21, estava suspenso havia três meses, depois que 56 bicicletas foram furtadas em sete dias.
O episódio não desanimou Ângelo Leite, dono da Serttel, empresa que oferece o serviço desde janeiro de 2009, quando venceu licitação da prefeitura. "Isso não nos assusta, está dentro do risco previsto para o negócio. O problema foi o furto em massa, que a gente acredita ter sido ação de uma quadrilha."
Das 56 bicicletas furtadas antes da suspensão, 34 foram recuperadas, a maioria abandonada numa favela em Manguinhos (zona norte). Mas o ladrão não foi identificado.
Embora o serviço tenha sido interrompido justamente no verão, quando a procura tende a ser maior, Leite não reclama. "O furto gerou uma repercussão grande, o serviço acabou sendo muito divulgado. No dia da reinauguração, a procura foi recorde", diz.
As bicicletas são de alumínio e têm seis marchas. Fabricadas pela própria Serttel, não são vendidas em lojas -para Leite, isso reduz o interesse de ladrões, pois eles terão dificuldade para revendê-las. Antes prateadas, foram pintadas de azul para se tornarem mais visíveis.
"Hoje [ontem] usei a bicicleta pela segunda vez. Está em bom estado e é ideal para trajetos na zona sul, onde o trânsito está cada vez pior", diz o universitário Felipe de Oliveira, 26, que mora em Copacabana e usa a bicicleta para ir a um clube, na Lagoa.
A única forma de pagamento continua sendo o cartão de crédito. Para alugar por 24 horas, basta ligar para uma central e autorizar o débito de R$ 10 em seu cartão. Cada viagem pode durar no máximo uma hora, mas a pessoa pode usar a bicicleta quantas vezes quiser, respeitando um intervalo de 15 minutos.
Há 19 bicicletários em Copacabana, Ipanema, Leblon e Lagoa, mas só dez haviam sido reativados até anteontem. Mais informações em www.mobilicidade.com.br.


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