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Rio investiga elo entre facções
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
A Secretaria de Segurança Pública do Rio investiga reservadamente a suposta ligação do traficante Paulo César Silva dos Santos, o Linho, líder da facção criminosa TC (Terceiro Comando) e
criminoso mais procurado do Estado, com integrantes da facção
paulista PCC (Primeiro Comando
da Capital).
A investigação, a cargo da Subsecretaria de Inteligência, detectou indícios de que o principal assessor de Linho, o traficante Nei
Conceição, o Facão, esteve em São
Paulo em abril, onde teria negociado armas e drogas com o PCC.
Facão gerencia o tráfico nas 12 favelas dominadas por Linho no
complexo de favelas da Maré
(Bonsucesso, zona norte do Rio).
O envolvimento de Linho com o
PCC é mais um indício da união
entre criminosos paulistas e fluminenses. As polícias dos dois Estados já investigam a aliança firmada entre a facção paulista com
o CV (Comando Vermelho), facção inimiga do TC.
O PCC já domina o tráfico de
drogas na favela do Barbante
(Campo Grande, zona oeste do
Rio), área cedida pelo CV, de
acordo com investigações da Polícia Civil.
O primeiro indício da ligação
entre TC e PCC surgiu no ano
passado, a partir da criação da
facção PCJ (Primeiro Comando
Jovem) no presídio Ary Franco
(Água Santa, zona norte). A facção é integrada por dissidentes do
antigo TCJ (Terceiro Comando
Jovem). Seus integrantes se dizem
simpatizantes do PCC.
A Subsecretaria de Inteligência
investiga a hipótese de Linho ter
buscado ajuda do PCC por estar
se sentindo acuado pelo CV, principalmente após a desintegração
da facção ADA (Amigo dos Amigos), com as prisões de Celso Luiz
Rodrigues, o Celsinho da Vila
Vintém, e dos principais membros da quadrilha de Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê.
Segundo a polícia, TC e ADA se
uniram em 2000 para tentar diminuir a força do CV.
A DRE (Divisão de Repressão a
Entorpecentes da Polícia Civil)
confirma que Linho possui negócios em São Paulo, o que reforça a
linha de investigação da Subsecretaria de Inteligência.
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