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FAB apura que tipo de falha fez avião bater em árvore e cair na BA
COTIDIANO Aeronáutica investiga se houve erro humano ou mecânico no acidente que deixou 14 pessoas mortas no dia 22
Resposta só será conhecida após análise dos motores; na BA, equipe faz varredura em busca de destroços e da árvore que foi atingida
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Aeronáutica investiga se
foi falha humana ou falha mecânica que levou o bimotor
King Air B-350 a se chocar com
uma árvore antes de cair, em 22
de maio, em Trancoso, distrito
de Porto Seguro (BA), matando
as 14 pessoas a bordo.
O resultado da investigação
do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos) só deve ser conhecido após o término da análise dos motores do avião, realizada no CTA (Centro Técnico
Aeroespacial) da Aeronáutica,
em São José dos Campos.
O trabalho é acompanhado
por representantes do fabricante do avião e do motor.
Paralelamente, uma equipe
do Cenipa faz uma varredura
na região do acidente, próxima
ao complexo hoteleiro Terravista, buscando pedaços da fuselagem e a própria árvore, para comprovar o choque.
O King Air B-350 decolou na
tarde do dia 22 do aeroporto de
Congonhas (SP) em direção a
Trancoso (743 km de Salvador). Caiu a 200 metros da cabeceira da pista, pertencente ao
hotel. Antes do acidente, o piloto não fez contato com a torre.
Na aeronave, estavam o empresário Roger Wright, da Arsenal Investimentos, seus familiares e funcionários.
Reportagem publicada ontem pelo jornal "O Estado de S.
Paulo" afirma que a degravação
da caixa-preta do bimotor indica que ele se chocou com a árvore a cerca de um quilômetro
da pista. A Folha apurou que
depoimentos de testemunhas
do acidente confirmam a colisão anterior à queda.
Não há previsão para a divulgação do relatório final. A FAB
já tomou depoimentos, reconstituiu parte do trecho final do
voo, degravou a caixa-preta e
está analisando os motores.
Resta esclarecer por que o
avião bateu na árvore. Se for
descartada falha mecânica,
uma das hipóteses é a chamada
CFIT (sigla em inglês de Colisão com Solo em Voo Controlado), na qual a aeronave, em
perfeitas condições, colide contra o terreno ou obstáculo.
As CFITs são uma das principais causas de acidente na
aviação civil brasileira, responsáveis por grande parte dos 108
casos em 2008. São provocadas
por desatenção e excesso de
confiança, entre outros fatores,
e acontecem, em muitos casos,
com pilotos experientes.
Nas próximas semanas, com
base nas investigações da queda do King Air, a Aeronáutica
deverá emitir recomendações
para prevenir futuros acidentes -principal objetivo das investigações de acidentes.
(ALAN GRIPP)
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