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RIO
Parada gay reúne 500 mil
na praia de Copacabana
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Sob uma chuva fina e intermitente, cerca de 500 mil
pessoas, segundo a Polícia
Militar do Rio, reuniram-se
na tarde de ontem na praia
de Copacabana, zona sul da
cidade, para participar da 11ª
Parada do Orgulho Gay, Lésbico, Bissexual e Transgênero (GLBT). Com 21 trios elétricos, a manifestação deste
ano teve como bandeiras a
união civil entre homossexuais e a criminalização da
homofobia.
"O projeto de Lei 5.003, da
deputada Iara Bernardes
(PT-SP), sobre a homofobia
está há muito tempo para ser
votado no Congresso. Precisa sair do papel", afirmou a
presidente do Grupo Arco-Íris, Jussara Bernardes.
Segundo pesquisas, em cada cinco homossexuais, três
já sofreram agressão verbal,
e um já foi alvo de agressão
física. Um dos coordenadores da passeata, Claudio Nascimento, disse que, em setembro, 200 casais homossexuais ainda não definidos firmarão um contrato social no
Rio dando ao outro a condição de companheiro.
Aproveitando a proximidade das eleições, muitos dos
discursos enfatizaram a necessidade de votar em candidatos que defendem a temática GLBT. Alguns palestrantes chegaram a pedir que
ninguém desse seu voto à
bancada evangélica.
A parada partiu do posto 6
para o Leme com quase duas
horas de atraso. Às 18h, todos
os carros desligaram a música e os presentes fizeram um
minuto de silêncio para cobrar do Congresso que aprove o projeto de Lei 5.003. Em
seguida, todos cantaram o
hino nacional.
"Isto aqui é uma vitória.
Tivemos muitos problemas
como o Ministério Público
Estadual. Se não fosse pela
prefeitura e pelos secretários
estaduais de assistência social e de direitos humanos,
não sei se teríamos conseguido", disse o vice-presidente
do grupo, Márcio Caetano.
(CRISTINA TARDÁGUILA)
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