São Paulo, segunda-feira, 31 de julho de 2006

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RIO

Parada gay reúne 500 mil na praia de Copacabana

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Sob uma chuva fina e intermitente, cerca de 500 mil pessoas, segundo a Polícia Militar do Rio, reuniram-se na tarde de ontem na praia de Copacabana, zona sul da cidade, para participar da 11ª Parada do Orgulho Gay, Lésbico, Bissexual e Transgênero (GLBT). Com 21 trios elétricos, a manifestação deste ano teve como bandeiras a união civil entre homossexuais e a criminalização da homofobia.
"O projeto de Lei 5.003, da deputada Iara Bernardes (PT-SP), sobre a homofobia está há muito tempo para ser votado no Congresso. Precisa sair do papel", afirmou a presidente do Grupo Arco-Íris, Jussara Bernardes.
Segundo pesquisas, em cada cinco homossexuais, três já sofreram agressão verbal, e um já foi alvo de agressão física. Um dos coordenadores da passeata, Claudio Nascimento, disse que, em setembro, 200 casais homossexuais ainda não definidos firmarão um contrato social no Rio dando ao outro a condição de companheiro.
Aproveitando a proximidade das eleições, muitos dos discursos enfatizaram a necessidade de votar em candidatos que defendem a temática GLBT. Alguns palestrantes chegaram a pedir que ninguém desse seu voto à bancada evangélica.
A parada partiu do posto 6 para o Leme com quase duas horas de atraso. Às 18h, todos os carros desligaram a música e os presentes fizeram um minuto de silêncio para cobrar do Congresso que aprove o projeto de Lei 5.003. Em seguida, todos cantaram o hino nacional.
"Isto aqui é uma vitória. Tivemos muitos problemas como o Ministério Público Estadual. Se não fosse pela prefeitura e pelos secretários estaduais de assistência social e de direitos humanos, não sei se teríamos conseguido", disse o vice-presidente do grupo, Márcio Caetano.
(CRISTINA TARDÁGUILA)


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