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Nova fase de buscas pelas caixas pretas de Airbus é iniciada
Fabricante do avião disse que está disposta a ajudar financeiramente os trabalhos de resgate
CÍNTIA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS
Dois meses após o acidente
com o voo AF 447 da Air France, o navio designado para buscar as caixas pretas do avião começou um novo trabalho de observação do fundo do mar.
Em comunicado divulgado
ontem, o BEA (escritório de investigações francês) informou
que, num primeiro momento, o
objetivo da missão é identificar
o lugar onde estão os destroços
do avião para, depois, proceder
a busca dos gravadores.
As caixas pretas pararam de
emitir os sinais sonoros cerca
de um mês após o acidente,
ocorrido no dia 31 de maio.
O navio francês Pourquoi
Pas, munido de sonar e de dois
submergíveis, está na região do
acidente, próximo ao arquipélago de Fernando de Noronha,
à procura das caixas pretas. Segundo o BEA, essa fase pode ser
encerrada no próximo dia 22.
Ao jornal francês "La Tribune ", Thomas Enders, presidente da Airbus, fabricante do
avião que caiu, disse que a empresa estaria disposta a "apoiar
a investigação mediante uma
contribuição importante".
O valor poderia oscilar entre
12 milhões e 20 milhões ao
longo de, pelo menos, três meses. "Queremos saber exatamente o que aconteceu. Nossa
prioridade é melhorar a segurança ", disse Enders.
Sondas Pitot
A Agência Europeia de Segurança Aérea anunciou ontem
que irá recomendar a proibição
das sondas Pitot fabricadas pela empresa francesa Thales.
A norma seria aplicável aos
modelos antigos, justamente os
usados na aeronave que caiu.
Até o fechamento desta edição, a Air France ainda não havia se manifestado sobre a recomendação da Agência Europeia de Segurança Aérea.
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