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CHUVAS
Prefeitura decreta calamidade pública
Enchentes em Natal
deixam seis mortos
ANDRÉA DE LIMA
da Agência Folha, em Natal
Seis pessoas morreram e pelo
menos 3.000 estão desabrigadas
em decorrência das enchentes que
atingiram a Grande Natal (RN).
Depois de quase 40 horas ininterruptas, a chuva deu uma trégua no
final da manhã de ontem.
Desde a noite da última terça-feira, o índice pluviométrico
contabilizou cerca de 380 mm. O
normal, para todo o mês de julho,
de acordo com o Instituto Meteorológico de Recife (PE), são 218
mm. Índices semelhantes só ocorreram há 30 anos.
A Prefeitura de Natal (RN) decretou anteontem à tarde estado
de calamidade pública na cidade.
As cerca de 500 famílias desabrigadas foram removidas pelo Exército para escolas e creches públicas,
ginásios de esportes e casas alugadas pela prefeitura, nas zonas norte, leste e oeste de Natal.
Parte das famílias se mudou para
casas de parentes.
Os desabrigados são moradores
de morros e favelas, em encostas,
áreas consideradas de risco. A prefeitura forneceu colchonetes, alimentos, remédios e agasalhos.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, dois trechos da
BR-101 - km 96 e km 74- foram
interditados, por causa do rompimento do asfalto. Na entrada da
capital, o tráfego ficou interrompido por quase 48 horas.
A polícia rodoviária informou
que dois trechos da BR-406, nos
quilômetros 156 e 161, permanecem interditados. Foi registrado
congestionamento no local. O desvio do tráfego está sendo feito pela
BR-304. Uma queda de barreira
anteontem à tarde na BR-226, que
liga a capital ao interior, causou a
interdição de uma das pistas por
oito horas.
Mortes
Um deslizamento de terra no vilarejo Rio dos Índios, em Ceará
Mirim (30 km a oeste de Natal),
provocou o soterramento de várias casas e a morte de seis pessoas.
Segundo os moradores, o número
de casas soterradas pela lama chega a 70.
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