SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio

As estatísticas da violência no Rio passarão a ser semanais e discriminadas por bairros a partir de agosto. Essa é uma das mudanças que o governo fará no serviço estatístico da Secretaria Estadual da Segurança Pública.
Hoje, as estatísticas policiais costumam ser divulgadas com até cinco meses de atraso.
Para avaliar a violência nas diferentes áreas do Estado, especialmente na região metropolitana da capital, haverá estatísticas por bairros, com a indicação de crimes mais comuns e horários de pico de violência.
Dessa forma, o morador do bairro terá informações precisas sobre os riscos que corre. Já a polícia poderá direcionar suas metas para a repressão dos crimes mais graves apontados pelas novas estatísticas.
O atual sistema estatístico é anacrônico, na avaliação do grupo de estudos criado no início do mês pelo governador Anthony Garotinho (PDT) para reformular a coleta de dados policiais.
No início de cada mês, as delegacias na capital e no interior enviam os registros do mês anterior para o Centro de Processamento da Polícia Civil, responsável pela preparação das estatísticas.
A unidade não consegue realizar o levantamento com agilidade, pois as informações chegam com atraso, e faltam digitadores.
A ordem agora é para que as delegacias enviem os registros diariamente para o Centro de Processamento, que está aumentando o efetivo.
A comissão montada pelo governo é composta de dez especialistas no estudo de critérios para a aferição de índices e levantamento estatístico.
O trabalho da comissão se somará a estudos para a troca dos documentos de registros policiais (origens das estatísticas).
O RO (Registro de Ocorrência) das delegacias mudará. O novo modelo, de múltipla escolha, já passou pela fase de testes. Só falta a aprovação do governador.


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