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Bala é rojão
no ano novo
da Reportagem Local
A festa de ano novo de 1996 no
Capão Redondo, um dos bairros
mais violentos da zona sul de São
Paulo, custou a vida do motorista
de ônibus José Claudino Campelo
Filho, à época com 38 anos.
No momento da virada do ano,
além dos tradicionais rojões, alguns moradores do bairro dispararam tiros para o alto para "comemorar" a entrada de 1996.
Uma das balas disparadas para o
alto, na queda, acertou a parte de
cima da cabeça de Campelo Filho,
que estava vendo a queima de fogos na laje da casa da irmã, com
outros 30 familiares.
Assustados com a violência, a
mulher e os quatro filhos do motorista voltaram para o Piauí, de onde haviam saído cinco anos antes.
"Ele era o mais animado da festa. Antes de cair morto, disse que o
novo ano só teria alegria", afirmou
Maria Celma Campelo, irmã do
motorista.
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