São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997.



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Bala é rojão no ano novo

da Reportagem Local

A festa de ano novo de 1996 no Capão Redondo, um dos bairros mais violentos da zona sul de São Paulo, custou a vida do motorista de ônibus José Claudino Campelo Filho, à época com 38 anos.
No momento da virada do ano, além dos tradicionais rojões, alguns moradores do bairro dispararam tiros para o alto para "comemorar" a entrada de 1996.
Uma das balas disparadas para o alto, na queda, acertou a parte de cima da cabeça de Campelo Filho, que estava vendo a queima de fogos na laje da casa da irmã, com outros 30 familiares.
Assustados com a violência, a mulher e os quatro filhos do motorista voltaram para o Piauí, de onde haviam saído cinco anos antes.
"Ele era o mais animado da festa. Antes de cair morto, disse que o novo ano só teria alegria", afirmou Maria Celma Campelo, irmã do motorista.



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