GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.

PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo deve começar a liberar o túnel da Cidade Jardim sob a Faria Lima a partir do próximo sábado. No dia 4 de setembro, a passagem no sentido Morumbi-Nove de Julho estará pronta. No dia 20, será o sentido inverso. A última parte, a pista da avenida Europa para o Morumbi, fica para o final de outubro, segundo a Folha apurou.
A conclusão de boa parte da obra já em setembro -um mês antes da eleição- contraria o cronograma divulgado oficialmente pela prefeitura, que anunciava a passagem subterrânea para novembro, depois até da realização do segundo turno.
Questionada sobre as novas datas, a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), órgão da Prefeitura de São Paulo responsável pela obra, disse que não iria se pronunciar. Oficialmente, não confirmou nem negou a informação.

Transtornos
A obra dos túneis provocou grandes transtornos no trânsito da região e transformou ruas antes tranqüilas em rotas de fuga bastante congestionadas.
Além dessa passagem, a prefeitura está concluindo também um outro túnel sob a Faria Lima, na avenida Rebouças. Nesse, a administração liberou a parte superior no dia 20 de agosto, mas ainda estavam faltando os acabamentos internos dos túneis, como a rede elétrica e a instalação de ventiladores. Pelo cronograma, deve ficar pronto antes de novembro.
A construção dos dois túneis começou em janeiro deste ano e mudou a rotina de bairros próximos como Pinheiros, Jardim Europa e Itaim Bibi.
Um dos exemplos mais claros desse impacto, a Sampaio Vidal, antes uma rua quase tranqüila, virou uma avenida. Muitos comerciantes que ficavam nos trechos interditados para a realização das obras também sofreram com a mudança na rotina.
Quando as duas passagens subterrâneas estiverem prontas, a prefeitura estima que haverá um aumento de 20% a 30% na velocidade dos veículos.

Túneis mais caros
O túnel da Cidade Jardim foi orçado inicialmente em R$ 82,2 milhões, mas teve um aumento de 47,1%, para R$ 121,8 milhões. Quando a Folha revelou a decisão, a Emurb alegou "dificuldades técnicas" para a mudança.
O outro túnel, da Rebouças, também teve aumento de preço, de R$ 65,3 milhões para R$ 97,4 milhões. Juntas, as duas obras de maior visibilidade da gestão Marta vão custar R$ 219,2 milhões.


Texto Anterior: Educação: Professores estaduais param no MA
Próximo Texto: 189 postos farão carregamento de bilhete único
Índice