DO ENVIADO ESPECIAL A LA PAZ

A estudante brasileira I.C.M., 28, denunciou à Justiça boliviana o médico Carlos Vaca Justiniano sob a acusação de tê-la estuprado em 21 de setembro em Montero, na Bolívia. Ele nega e diz que a relação foi consentida.
Na ocasião, I.C.M. cursava havia sete anos medicina na Universidade Ecológica de Santa Cruz -faltavam dois meses para o término do curso.
O médico teve o apoio de algumas dezenas de pessoas da cidade, que tentaram agredir I.C.M. antes da primeira audiência, o que fez com que ela voltasse ao Brasil.
I.C.M. estagiava no posto médico chefiado por Justiniano. Ela diz que foi estuprada após ir a um karaokê com ele e duas secretárias do posto.
Lá, teriam consumido oito garrafas de cerveja, segundo a acusação, ou 16, de acordo com a defesa. Ela acha que em sua bebida foi posta alguma droga, que a fez desmaiar. A estudante diz que acordou quando estava sem roupa e o médico a espancava.
Os exames comprovaram hematomas no corpo dela, mas não foi achado indício de que tenha sido dopada. Justiniano teve a prisão decretada, mas pagou fiança e foi solto.
À Justiça o médico contou que, após deixar as secretárias em casa, os dois foram a um hotel da cidade. "O ato sexual que mantivemos foi de mútuo acordo." Ele negou as agressões.
(FABIANO MAISONNAVE)

Texto Anterior: Furto ao BC: Justiça ouve indiciados pelo roubo de R$ 164,8 milhões
Próximo Texto: Caso Ubiratan: Promotor diz que denunciará Carla à Justiça
Índice