São Paulo, sábado, 31 de outubro de 2009

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Dupla armada aterroriza escola estadual

Criminosos invadiram colégio da zona norte de São Paulo na noite de anteontem; no tumulto, alunos se feriram ao tentar fugir

Homens queimaram móveis, quebraram vidraças, mas não roubaram ninguém; professores acreditam em vandalismo

FLÁVIA MARTINS Y MIGUEL
DO "AGORA"

Dois homens encapuzados, armados com barra de ferro, revólver e uma bomba caseira aterrorizaram alunos e professores da Escola Estadual Brigadeiro Gavião Peixoto, por volta das 21h de anteontem, em Perus, zona norte de São Paulo.
Eles invadiram a unidade de ensino pouco antes do intervalo do período noturno, quebraram vidraças de duas salas, queimaram móveis e deram vários tiros para o alto. Estudantes correram desesperados na tentativa de sair da escola.
A dupla ficou no local por 10 minutos. Não roubou nada. A polícia não tem suspeitos. Professores acreditam que se tratou de um ato de vandalismo.
Segundo o relatório da diretoria, algumas pessoas ficaram machucadas por causa dos estilhaços das janelas destruídas.
"Eu só queria sair dali. Fiquei desesperada. Só depois fui ao pronto-socorro cuidar do machucado", contou uma aluna de 15 anos que se cortou gravemente na placa da escola ao tentar pular o muro para escapar. Durante o pânico, vários estudantes foram obrigados a pular o muro porque o portão de saída estava trancado.
A demora da Polícia Militar para atender a ocorrência foi criticada pela direção. O relatório afirma que a PM demorou de 20 a 30 minutos para chegar à escola e "nunca está nas imediações quando é solicitada".
Funcionários da escola também reclamam da falta de segurança por causa do muro baixo que cerca a escola. De acordo com eles, a dupla acessou as salas depois de pular o muro.
Na terça-feira, professores vão se reunir com os estudantes e pais de alunos para fazer um protesto na porta da escola.

Repercussão
A Secretaria de Estado da Educação afirmou em nota que "repudia" o ato de violência cometido contra a escola. De acordo com a pasta, os vidros quebrados das salas estão sendo trocados e as aulas serão retomadas na terça-feira.
O 49º Batalhão de Polícia Militar, responsável pela segurança na região, disse que um carro da corporação fazia o patrulhamento nas imediações da unidade quando os policiais perceberam um tumulto no local.


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