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TRÂNSITO
Trechos das avenidas serão fechados a partir de domingo, quando começa abertura de passagem sob a Faria Lima
Túnel interdita Rebouças e Eusébio Matoso
AMARÍLIS LAGE
ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
No próximo domingo, a Prefeitura de São Paulo dará início às
obras de construção de um túnel
sob a avenida Brigadeiro Faria Lima (zona oeste), no trecho em
que cruza com as avenidas Rebouças e Eusébio Matoso.
A obra, que foi questionada e
depois autorizada pela Justiça em
novembro deste ano, custará R$
66 milhões e tem prazo de conclusão estimado em 11 meses.
Durante esse período, a CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) fará uma série de modificações no tráfego das ruas e avenidas da região.
No dia 11 de janeiro, outra passagem subterrânea será construída sob a Brigadeiro Faria Lima,
desta vez como trecho da avenida
Cidade Jardim. O prazo para a
obra também é de 11 meses, mas o
custo é maior: R$ 83 milhões. Este
segundo projeto também alterará
o trânsito na área.
Na primeira obra, a avenida Eusébio Matoso sofrerá uma das
maiores alterações. Ela será interditada, por pelo menos três meses, no sentido bairro-centro, entre a rua Ibiapinópolis e a avenida
Brigadeiro Faria Lima. Segundo a
CET, aproximadamente 3.300
veículos passam por essa área por
hora.
A avenida Rebouças também
será interditada no mesmo período, entre as rua Maria Carolina e a
avenida Brigadeiro Faria Lima.
Por lá, passam cerca de 3.000 veículo por hora.
Além dessas vias, as obras ainda
alterarão outros nove trechos nas
ruas Ibiapinópolis, Dona Elisa Pereira de Barros, Venceslau Flexa,
Maria Carolina, Tavares Cabral,
Sampaio Vidal, Capitão Prudente
e alameda Gabriel Monteiro da
Silva (veja quadro).
O estacionamento de veículos
em todas as ruas e avenidas que
sofrerão alterações será proibido
e as vagas de zona azul (estacionamento pago) em treze ruas e na
própria avenida Rebouças serão
extintas.
Durante os 11 meses, sete pontos de táxi serão remanejados e
cinco cruzamentos ganharão novos semáforos. Linhas de ônibus
também terão o sentido alterado
nas duas paradas situadas no trecho interditado da Rebouças.
Tanto a CET quanto a Secretaria
de Abastecimento e Projetos Especiais prevêem transtornos,
principalmente nos dois primeiros dias de obra, domingo e segunda-feira, quando os paulistanos devem voltar para a capital
depois do feriado de Ano Novo.
Além disso, haverá vestibular no
início da tarde de domingo.
Como estratégia de divulgação,
até o fim da semana, cerca de 700
mil panfletos serão distribuídos e
enviados às casas e estabelecimentos comerciais da área, segundo a prefeitura. Nos panfletos,
há sugestões de caminhos alternativos de curta, média e longa
distância para os motoristas que
trafegam pela região.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a divulgação
ainda conta com os meios de comunicação -encartes em jornais
e propaganda em emissoras de
rádio da capital. No trânsito, serão usadas 400 placas de advertência, 114 placas de sinalização de
obras e 36 faixas de pano. Até ontem, no entanto, não havia sinalização no local.
O secretário de Abastecimento e
Projetos Especiais, Valdemir Garreta, reconheceu que o projeto
trará dificuldades no trânsito da
região durante os 11 meses de
obras, mas justificou a longa duração da interdição dizendo que
"remédio amargo se toma de uma
só vez". Para ele, o projeto só perde em tamanho para as obras do
metrô na avenida Paulista.
Moradores da cidade ouvidos
pela Folha ficaram surpresos com
a obra (leia comentários nesta página). Alguns criticaram a iniciativa. "As pessoas que criticaram
têm todo o direito de ter uma opinião divergente. A prefeitura está
informando e continuará informando as pessoas. A obra vai trazer uma grande melhoria para o
transporte da cidade. A prefeitura
não medirá esforços para evitar
ao máximo os transtornos, apesar
de eles serem um mal necessário
para quem quer fazer uma intervenção desse porte na cidade",
afirmou Garreta.
O secretário ironizou as críticas
feitas pelo ex-prefeito Celso Pitta.
"A crítica dele é um apoio por si
só", disse Garreta.
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