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SP cobrará empresa por evento em local público
Companhia terá de colaborar com a melhoria da região onde promoveu seu evento
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
Depois de flexibilizar a lei
Cidade Limpa e permitir que
empresas que estejam reformando prédios históricos coloquem seus logotipos nas
fachadas, a prefeitura estuda
outras mudanças no uso dos
espaços públicos da capital.
Uma delas: cobrar da iniciativa privada uma contrapartida financeira quando
for ocorrer algum tipo de
evento nas praças da cidade.
Por exemplo: uma empresa quer instalar um telão no
Vale do Anhangabaú para
transmitir uma partida de futebol. A companhia terá, então, que fazer algo que contribua para a reforma do local, afirma a Secretaria de
Desenvolvimento Urbano.
Se de um lado a lei antipoluição visual começa a ganhar algumas exceções, de
outro, haverá uma maior fiscalização a favor dela em
2011, diz a prefeitura.
"Circulando pela cidade
ainda percebo algumas rebarbas. Vamos fiscalizar isso", disse ontem o prefeito
Gilberto Kassab (DEM).
O primeiro edifício a se beneficiar da flexibilização da
lei Cidade Limpa será o Copan, no centro da cidade. O
edifício, que está em processo de tombamento, precisa
reformar suas fachadas.
Existem empresas interessadas na obra. Em contrapartida, elas poderão estampar
seus logos em 10% de uma
das laterais do prédio.
EDIFÍCIO ESTHER
No que depender do secretário de Cultura, Carlos Augusto Calil, o próximo prédio
privado a se beneficiar da flexibilização da lei Cidade LImpa será o edifício Esther.
"Gostaria muito que isso
ocorresse. Ele está precisando muito", afirmou o secretário ontem à Folha.
O prédio está em péssimo
estado de conservação.
Construído nos anos 1930, o
histórico e tombado edifício
fica na praça da República,
no centro da cidade.
Projetado por Álvaro Vital
Brazil e Adhemar Marinho
nos anos 1930, o Esther é um
dos primeiros prédios modernistas da cidade.
O nome faz alusão à mulher do usineiro Paulo de Almeida Nogueira, que encomendou a construção do edifício aos arquitetos.
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