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No começo, Haddad tenta pontes com empresários

Petista recebeu em seu gabinete 65 entidades patronais e empresas

Prefeito de SP também recebeu artistas como o global Luciano Huck, moradores de favela e três centrais sindicais

DE SÃO PAULO

Fernando Haddad (PT) encerrou os primeiros noves meses à frente da Prefeitura de São Paulo com uma agenda pública mais dedicada ao diálogo com grupos empresariais do que com ONGs e sindicatos de trabalhadores, que formam a base tradicional da coligação que o elegeu.

Haddad divulgou uma agenda pública com ao menos 65 encontros em seu gabinete com entidades patronais e empresas, algumas contratadas pela prefeitura.

É quase o dobro dos 37 encontros com sindicatos, ONGs e lideranças de movimentos populares, como estudantes e moradores de favelas.

Professor universitário e ex-ministro da Educação, Haddad ainda recepcionou celebridades, como a atriz e escritora Bruna Lombardi.

Também estiveram com o prefeito o apresentador Luciano Huck e o ex-presidente do Chile Ricardo Lagos, porta-voz da chamada esquerda da América Latina. E amigos, como o professor e jornalista Eugenio Bucci.

Recebeu peso-pesados da economia, uma lista extensa que reúne o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e alguns dos homens mais ricos do país, como Carlos Alberto Sicupira e Jorge Paulo Lemann (AmBev).

Joesley Batista, o poderoso dono do Friboi, hoje próximo da cúpula do PT, também esteve com o prefeito.

Em maio, esteve no gabinete de Haddad o presidente mundial da GE, Jeff Immelt. Cesar Mata Pires, vice-presidente da OAS, passou por lá em março.

A Folha apurou a finalidade de alguns encontros, como as duas agendas com a CCR, grupo acionista da Controlar, empresa encarregada da inspeção veicular.

Já no início de governo Haddad vinha dizendo que pretendia romper o contrato da Controlar. Apesar dos apelos, foi o que acabou acontecendo na sexta-feira.

O gabinete de Haddad não comentou se há algum tipo de prioridade na agenda. Diz que o petista vem buscando um "diálogo transparente" com os setores sociais.

Logo no primeiro trimestre, as grandes empreiteiras correram ao gabinete do prefeito, alertadas pela série de declarações de Haddad sobre a falta de dinheiro.

Estavam corretas. Em julho, Haddad suspendeu o contrato de R$ 2,4 bilhões do túnel que deveria ligar a avenida Roberto Marinho à rodovia dos Imigrantes.

Em maio, o diretor de uma grande entidade que reúne empreiteiras disse à Folha que o setor estava preocupado. A gestão Haddad, em avaliações internas, havia feito um "freio de arrumação" para tentar colocar as finanças em ordem e não deveria priorizar as grandes obras.

Somente "pintava faixas no asfalto", sobre as faixas exclusivas para os ônibus.

Mas mostrou que ele também se dispôs a dialogar com grupos sociais. Num mesmo dia, recebeu o AfroReggae, três centrais sindicais, a UNE e a entidade que reúne as associações de moradores da favela de Heliópolis.

Fora do gabinete, finalizou os primeiros nove meses em Brasília, com Dilma Rousseff.


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