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'Foi incontrolável', diz ativista que retirou cães de laboratório

Jane Santos, 35, afirma que caso ocorreu por falta de diálogo; Instituto Royal nega

FLAVIA MARTIN DE SÃO PAULO

Jane Santos, 35, uma das coordenadoras da ação na sexta contra o Instituto Royal, em São Roque (66 km de SP), disse que a invasão e a retirada de animais foi uma reação "incontrolável" à falta de diálogo com a instituição.

Na madrugada de sexta, ativistas em defesa de animais retiraram 178 cães da raça beagle usados para pesquisas legais. Eles acusam o laboratório de maus-tratos.

O instituto nega a ausência de diálogo e os maus-tratos.

"Foi completamente incontrolável. Temos gravado que advertimos [o Royal], pois estávamos com medo de que o movimento tomasse grandes proporções, como a do Movimento Passe Livre. A nossa ideia era tirar os animais de forma pacífica e com a ajuda de biólogos", disse a ativista.

Segundo Jane, ela e seis ativistas vêm tentando conversar com o Instituto Royal há cerca de um ano, quando o Ministério Público iniciou investigação para verificar maus-tratos no laboratório.

Diante da falta de diálogo, diz ela, alguns ativistas se acorrentaram ao instituto e fizeram greve de fome, culminando na invasão de sexta.

Jane afirma que os manifestantes da tática "black bloc", que na manhã de anteontem se infiltraram em uma manifestação na sede do instituto e queimaram três carros, um deles da Polícia Militar, não foram convidados.

Segundo ela, o ato, convocado pelo grupo Frente de Libertação dos Animais numa rede social, era pacífico.

"Não convidamos eles [os "black blocs"]. Mas, pelo que a gente acompanha, toda mobilização com caráter nacional atrai a presença deles agora. A gente não conhece, porque somos ativistas de animais, não fazemos depredação."

Ela diz nem ter certeza de que se tratavam de adeptos do "black bloc", que pregam o dano a patrimônio como protesto. "Podem ser munícipes de São Roque que não quiseram se identificar."

'TERRORISMO'

Gerente-geral do instituto, a bióloga Sílvia Ortiz nega as acusações. "Nunca nos furtamos de uma conversa."

Ela diz que recebeu a carta de reivindicações dos ativistas e que tentou contato com a assessoria jurídica do grupo, sem sucesso. "Depois eles entraram, invadiram a propriedade, naquele ato de terrorismo, em nome de uma filosofia atrapalhada."

Em nota, o instituto diz que os animais sempre receberam as melhores condições de vida e saúde e que a invasão comprometeu anos de pesquisas.


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