Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ministro afirma que iria a médico reprovado em exame

Profissional reprovado no Revalida está apto a atuar no Mais Médicos, diz Padilha

48 médicos que estão no programa federal não passaram em teste para validar diplomas estrangeiros

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

O ministro Alexandre Padilha (Saúde) defendeu os médicos reprovados no Revalida que atuam no Mais Médicos. A Folha revelou ontem que 48 profissionais do programa foram reprovados no exame federal, que visa reconhecer o diploma obtido no exterior.

Provável candidato do PT ao governo paulista em 2014, Padilha afirmou que os profissionais que não passaram no Revalida estão aptos a fazer atendimentos do Mais Médicos. "Eu me consultaria sem nenhum problema."

Segundo ele, a atuação no Mais Médicos é diferente das exigências do exame. "Os médicos do Mais Médicos estão aqui para cuidar da atenção básica. O Revalida é para quem quer operar, fazer procedimento de alta complexidade."

Padilha considerou o programa um sucesso, desconversou ao ser questionado sobre críticas e disse que tem escutado muito mais elogios. "Quando viajo, a população diz que está muito satisfeita."

CONSELHO

Em nota, o CFM (Conselho Federal de Medicina) defendeu ontem a exigência do Revalida no Mais Médicos.

"Oferecer indivíduo com perfil distinto é iludir os moradores das áreas mais carentes, pois se houver um caso grave esse médico de segunda linha terá dificuldades em agir, podendo, inclusive, causar até danos maiores", afirmou o presidente da entidade, Roberto Luiz d'Avila.

Os 48 reprovados no Revalida estão entre os 681 selecionados na primeira fase do programa, criado para enviar médicos para atuar na atenção básica no interior do país e na periferia das grandes cidades.

No total, 1.440 candidatos formados no exterior não passaram para a segunda fase do Revalida neste ano. Apenas 155 (9,7% do total) foram aprovados nessa etapa.

Além do exame, médicos com diplomas estrangeiros podem tentar validá-los em universidades que tenham um processo próprio.

CUBANOS

O governo aumentou de 1.600 para 3.000 o número de médicos cubanos na segunda etapa do Mais Médicos. Eles chegam ao país na segunda e ficarão hospedados inicialmente em cinco cidades: São Paulo, Brasília, Fortaleza, Vitória e Belo Horizonte.

Já estavam no Brasil 2.400 cubanos. Inicialmente, a meta era trazer de Cuba 4.000 profissionais. O número sobe agora para 5.400 para preencher as vagas que ficaram abertas por causa do desinteresse de médicos brasileiros e de outros países.

O aumento no número de cubanos não altera a meta geral do programa federal, de 13.000, prevista para ser atingida em abril.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página