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Na Copa, aeroporto do Ceará poderá ter terminal de lona

Governo federal trabalha com a possibilidade de erguer salas provisórias em cidades onde há atrasos nas obras

Consórcio responsável por obras no aeroporto de Fortaleza não tem condições de entregá-las no prazo, diz ministro

RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

Por causa dos atrasos nas obras de ampliação do aeroporto de Fortaleza, o governo federal trabalha com a possibilidade de fazer um terminal provisório de passageiros para a Copa do Mundo no local.

Com apenas 25,9% das obras concluídas até dezembro, o caso cearense é o mais grave para o governo.

A Copa começa no dia 12 de junho. Salvador e Cuiabá também têm atrasos que estão preocupando Brasília.

Segundo o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, o consórcio responsável pelas obras no aeroporto de Fortaleza "visivelmente não tem condições" de entregá-las no prazo.

"Constatei um atraso excessivo. A opção agora é construir alternativas." O status das obras, diz, é "crítico".

O plano B em estudo é erguer um terminal provisório, chamado pela Infraero de MOP (Módulo Operacional), estrutura pré-fabricada, com forro de lona e climatizado, para dar conta da demanda. Eles já foram construídos em Guarulhos (terminal 4) e Florianópolis, entre outros.

As outras opções, consideradas menos prováveis pelo governo, são dar continuidade às obras com outra empresa ou pressionar o consórcio atual a cumprir os prazos.

"Se fico satisfeito? Claro que não", disse Moreira Franco, sobre o constrangimento causado pelos atrasos às vésperas da Copa do Mundo.

O martelo será batido hoje, em visita de Moreira Franco ao Ceará. Representantes da Anac e da Infraero também estarão no local.

O aeroporto de Fortaleza tem capacidade para 6,2 milhões de passageiros por ano. A demanda prevista para este ano é de 6,8 milhões de passageiros/ano, segundo a Infraero, que gere o terminal.

As obras para a Copa pretendiam elevar a capacidade do terminal para 8,6 milhões por ano, o que atenderia à demanda. Segundo o Portal da Transparência do governo, apenas 10% do orçamento destinado à obra haviam sido executados.

O projeto atrasou ao menos oito meses: o plano inicial da Infraero era começar as obras em outubro de 2011; o início só ocorreu em junho do ano seguinte.

O último prazo de entrega, segundo a estatal, era março deste ano.

Os problemas com a execução fizeram a Infraero aplicar duas multas ao consórcio CPM Novo Fortaleza, formado pelas empresas Consbem, Paulo Octávio e MPE, no valor total de R$ 1,140 milhão.

A estatal disse estar adotando "as medidas legais cabíveis em contrato" e que está monitorando o consórcio para cumprir o cronograma.

A Folha conseguiu contato com a MPE, uma das integrantes do consórcio de Fortaleza. Segundo a empresa, a responsável pelas obras é a Consbem. A reportagem não encontrou o diretor da Consbem responsável pelas obras.

Ao ser questionado sobre as construções em curso no aeroporto de Cuiabá, onde também cogitou-se os terminais de lona, o ministro Moreira Franco descartou, em princípio, a construção de terminais provisórios na capital de Mato Grosso.

"A hipótese [do terminal provisório] é Fortaleza." Em Cuiabá, 40% das obras estavam prontas em 30 de novembro, segundo a Infraero.


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