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Cotidiano

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País em protesto

Cinegrafista é o 1º morto por ataque de manifestante

Polícia identifica rapaz que disparou rojão que atingiu profissional da Band no Rio

Advogado entrega a delegado nome e CPF do suspeito pelo crime; TV diz que caso evidencia a 'desordem nas ruas'

DO RIO

Quatro dias após ser atingido por um rojão disparado por um manifestante durante um protesto contra a alta da tarifa de ônibus no Rio, morreu ontem o cinegrafista da TV Band Santiago Andrade, 49.

Andrade é a primeira vítima do ataque de um manifestante desde a onda de protestos pelo país, em junho.

A morte do cinegrafista, por danos no cérebro causados pelo impacto do foguete, provocou forte comoção, despertou a reação de autoridades e intensificou a caçada ao suspeito de acionar o artefato.

Na noite de ontem, a polícia informou tê-lo identificado, mas não revelou seu nome. O delegado Maurício Luciano de Almeida pediu à Justiça a prisão temporária dele.

Andrade teve morte cerebral pela manhã. A família decidiu doar os órgãos.

O advogado Jonas Tadeu Nunes disse ter passado ao delegado o nome, codinome e CPF do homem que aparece nas imagens de TV de calça jeans e camiseta cinza.

Almeida disse que as informações do advogado confirmaram o que o serviço de inteligência já tinha apurado.

O advogado também defende Fábio Raposo, preso após confessar ter passado o rojão para o homem que o disparou.

Fotos e imagens em vídeo do suspeito foram levadas para que Raposo fizesse reconhecimento no complexo de Bangu. Ele confirmou.

Os dois foram indiciados sob suspeita de homicídio doloso qualificado e crime de explosão. A pena pode chegar a até 35 anos de prisão.

O advogado de Raposo, que tenta negociar os benefícios da delação premiada para seu cliente, disse que se ofereceu para defender o suspeito de ter acendido o rojão.

"Esse rapaz está na mesma condição do Fábio. A defesa que eu fizer para o Fábio vai servir para ele", disse Nunes. "Acho bobagem ele continuar foragido. Estou tentando convencê-lo a se entregar."

'REVOLTA'

A presidente Dilma Rousseff determinou que a Polícia Federal participe das investigações e que a liberdade de manifestação não pode ser usada para "matar, ferir, agredir". Pelo Twitter, disse que a morte "revolta e entristece".

Integrantes de entidades representativas de emissoras de rádio e TV, jornais e revistas se reúnem hoje com o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) para debater a violência contra jornalistas nas manifestações de rua.

Em nota, o Grupo Bandeirantes diz que o caso é "evidência de que a desordem está imperando nas ruas" exigir a "condenação desse assassino e de seu grupo".


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