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Enfermeira que agrediu e matou cão diz estar arrependida

Mulher afirma que tem sido ameaçada de morte e que há dias não aparece em casa

JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO

A enfermeira Camila de Moura, 22, que foi filmada agredindo um cão da raça yorkshire disse ontem que está arrependida. O caso ganhou grande repercussão após a divulgação de vídeos na internet com a agressão, o que gerou a ira de parte de usuários de redes sociais.

A declaração de Camila foi feita à imprensa logo após ela prestar depoimento à Polícia Civil, em Formosa (GO). Ela é suspeita de maus-tratos contra o animal e de expor ao constrangimento uma criança de dois anos, sua filha, que assistiu às agressões - crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

"Foi um fato isolado. Aquele dia eu cheguei em casa nervosa. A cachorrinha tinha feito xixi e cocô em tudo, em cima do ar-condicionado. Não tive noção do que estava fazendo", disse.

A enfermeira também afirmou que ficou com medo das reações inflamadas de usuários de redes sociais, que divulgaram sua foto, dados pessoais e mensagens com ameaças de morte.

Segundo a mulher, ela não aparece mais em casa por causa das ameaças.

"Sofro ameaças constantes, eu e minha família. Nunca fiquei foragida, eu não aparecia antes por causa das ameaças. Cancelei tudo que eu tinha na internet", disse a enfermeira, emocionada.

O vídeo que provocou as reações foi registrado por um homem hospedado no apartamento vizinho ao da enfermeira, que tinha vista para sua área de serviço, no dia 13 de novembro. Logo depois uma denúncia foi feita à polícia, que abriu um inquérito no dia 21 do mesmo mês.

As imagens das agressões foram divulgadas na internet no dia 15 de dezembro. Nelas, Camila aparece arremessando e batendo em um cachorro na frente de sua filha. O cão morreu após as agressões.

A enfermeira foi multada ontem em R$ 3.000 pelo Ibama por maus-tratos. Segundo o órgão, o valor aplicado foi o máximo previsto para casos de animais domésticos. Ela tem até 20 dias para apresentar sua defesa. Se recorrer, o Ibama vai analisar novamente o caso, que independe da investigação policial.

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