Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
São Marcos é despejada de sede no Ipiranga Medida ocorreu porque universidade tem dívida de R$ 3 milhões referente a atrasos no pagamento de aluguel Campus abriga cerca de 2.000 estudantes, que devem ser transferidos para unidade no ABC, a 6 km de distância FÁBIO TAKAHASHITALITA BEDINELLI DE SÃO PAULO Fundada há 41 anos, a Universidade São Marcos foi despejada ontem de seu tradicional campus no Ipiranga, na zona sul de São Paulo. Os cerca de 2.000 estudantes da unidade ainda não foram comunicados oficialmente e há dúvidas para onde eles serão deslocados. Há a possibilidade de ser oferecida a eles a transferência para o campus ABC da universidade, a 6 km dos prédios do Ipiranga, e que ainda precisa ser reformado. Quase 20 caminhões já retiraram da unidade o mobiliário e documentações, inclusive as de estudantes. O despejo aconteceu porque a universidade tem dívida de R$ 3 milhões em aluguéis atrasados com a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. A entidade é dona dos três prédios que compõem o campus e deixou de receber os pagamentos por cinco anos, diz o advogado da congregação, Carlos Henrique Braga. Além da dívida com os aluguéis, a escola também enfrenta dívidas trabalhistas. Por isso, a Justiça do Trabalho nomeou em setembro o interventor Carlos Roberto Galli para administrar a universidade e tentar colocar os pagamentos em dia. ACUSAÇÕES A medida causou tensão dentro da instituição. Segundo o reitor Ernani de Paula, o interventor não pagou intencionalmente a dívida. "Ele faz parte de uma quadrilha que quer vender a universidade e, para isso, tenta deixar a situação insustentável." O interventor rebate a crítica. Segundo ele, a congregação e a universidade fizeram acordo no ano passado para que os aluguéis atrasados fossem pagos em parcelas. Segundo Galli, o reitor deixou de pagá-las antes que a intervenção começasse, o que levou à ordem de despejo. Agora, a congregação diz que só aceita o pagamento da dívida à vista, mas a Justiça do Trabalho afirma que a universidade não tem condições de arcar com todo o valor. O despejo foi determinado pela 1ª Vara Cível do Ipiranga no dia 25 de novembro. Ele só foi cumprido ontem porque era preciso esperar o fim do ano letivo. A Justiça Trabalhista disse que entrará em contato com o Ministério da Educação para saber como deverá proceder agora. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |