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Mortalidade no trânsito é até 12 vezes maior do que em outros países

DE SÃO PAULO

Vias precárias, veículos sem manutenção e fiscalização insuficiente, entre outros fatores, fazem com que o Brasil tenha uma mortalidade no trânsito até 12 vezes maior do que em países desenvolvidos.

Para cada bilhão de quilômetros percorridos pela nossa frota, morrem cerca de 56 pessoas, segundo levantamento do Núcleo de Estudos em Segurança do Trânsito da USP de São Carlos.

Na Suécia, por exemplo, o índice é de 4,4 mortes. No Reino Unido, é de 4,6.

Segundo o professor Antônio Clóvis Ferraz, orientador do estudo, trata-se do melhor índice para comparar a segurança viária de diferentes países, já que evita distorções ao considerar não só o tamanho da frota, mas o quanto ela roda.

Para o engenheiro José Luiz Fuzaro Rodrigues, que coordena estudos de segurança viária da ABNT (associação de normas técnicas), os índices elevados do Brasil decorrem da falta de conscientização dos motoristas e da infraestrutura deficiente.

Uma das alternativas para reduzir acidentes, diz Rodrigues, é implantar um sistema de vistorias de segurança viária, inexistente no Brasil.

Intervenções simples, como eliminar ou proteger postes e árvores na beira das pistas, ou a instalação de barreiras de contenção em trechos com precipício, podem salvar vidas, diz Rodrigues. "No Brasil, esperamos as mortes acontecerem para determinar os pontos perigosos."

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