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Ilustrada - em cima da hora

Humorista Max Nunes morre aos 92 anos

Parceiro de Jô Soares, carioca fez parte da equipe de roteiristas de 'Balança Mas Não Cai' (1968) e 'Viva o Gordo' (1981)

Formado em medicina, artista compôs com Laércio Alves 'Bandeira Branca', gravada por Dalva de Oliveira

DE SÃO PAULO

Um dos maiores humoristas da televisão brasileira, Max Nunes morreu nesta quarta-feira (11), aos 92 anos, no Rio. Ele estava internado desde 20 de maio no Hospital Samaritano, na zona sul, para se tratar de uma queda.

Roteirista de programas televisivos como "Balança Mas Não Cai" (1968), Nunes criou personagens e bordões que se popularizaram. O nome de um de seus personagens, Ricardão, por exemplo, tornou-se gíria para amante.

"Ele foi o maior humorista de todas as épocas", afirma Paulo Silvino, ator que estreou na Globo em 1966 no programa "TV0-TV1", produzido por Nunes e Haroldo Barbosa, com paródias de atrações da própria televisão.

"Esse programa é pai do TV Pirata' (1988) e avô do Tá no Ar' (2014)'", diz Silvino. "Nunes representa 50% do sucesso de qualquer comediante com mais de 60 anos."

Nascido em 17 de abril de 1922, no Rio, Nunes sempre teve o humor presente em sua vida. Seu pai, Lauro Nunes, era roteirista de esquetes para a rádio Mayrink Veiga e ficou conhecido como o humorista Terra de Sena.

Max Nunes formou-se em medicina em 1948 e trabalhou como cardiologista até os anos 1980, mas paralelamente produzia para rádio e teatro.

Estreou na televisão na TV Excelsior, em 1962, mudando para a Globo em 1964.

No canal, integrou as equipes de humorísticos como "Faça Humor, Não Faça Guerra" (1972) e "Viva o Gordo" (1981), ambos ao lado de Jô Soares.

Nunes seguiu Jô para o SBT em 1988. Voltaram à Globo em 2000 para o "Programa do Jô" e mantiveram a parceria.

"Ele era um dos grandes humoristas do Brasil, ao lado do Millôr Fernandes, do Chico Anysio. Não só na superfície, mas também em profundidade", diz Jô. "Ele fazia uma análise do Brasil, dos personagens brasileiros."

Nunes também investiu na carreira de compositor. Seu maior sucesso, escrito aos 48 anos em parceria com Laércio Alves, foi a marchinha "Bandeira Branca", gravada por Dalva de Oliveira em 1970.


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