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Defesa Civil desmente ministro, que disse que ação foi planejada

Secretaria mantém versão que rompimento ocorreu pela cheia

DENISE MENCHEN
DIANA BRITO
DO RIO
ITALO NOGUEIRA
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS DOS GOYTACAZES (RJ)

Um dia após o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, ter afirmado que a abertura da BR-356 para que a água do rio Muriaé escoasse foi uma ação planejada, a Secretaria de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro o desmentiu.

A secretaria manteve a versão de que o rompimento da rodovia que corria paralelamente ao rio Muriaé e funcionava como um dique foi um acidente provocado pela força das águas devido à cheia.

Para a Defesa Civil, Bezerra "cometeu um equívoco".

Anteontem, o ministro afirmou que a abertura da estrada foi feita para evitar danos maiores ao município de Campos dos Goytacazes.

Questionada se o ministro mantinha a afirmação, sua assessoria de imprensa disse apenas que ele não voltou a se manifestar sobre o tema.

O secretário municipal de Defesa Civil de Campos, Henrique Oliveira, afirmou que, no trecho onde se rompeu, a estrada tinha em seu subsolo uma galeria de 1,5 m de altura e largura e três manilhas com 80 cm de diâmetro.

Segundo ele, tampões impediam a entrada de água do rio em direção a Três Vendas. Oliveira negou que o rompimento tenha sido planejado.

De acordo com o secretário, o acidente ocorreu porque a água fragilizou a terra em volta dessas estruturas até "estourar" a estrada.

O rompimento do dique alagou áreas rurais e a localidade de Três Vendas, obrigando moradores a deixar suas casas. Sem conseguir convencer parte dos moradores a sair, a prefeitura iniciou cadastramento dos que optaram por ficar "ilhados". O objetivo é estimar necessidades, como água e comida.

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