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Atirador tem prisão temporária decretada

De acordo com testemunhas, administrador já saiu de casa transtornado e armado na madrugada de anteontem

Num percurso de 40 km, homem bateu em vários carros e deixou duas pessoas baleadas; suspeito está foragido

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

A Justiça determinou a prisão temporária (por dez dias) do administrador de empresas Michel Goldfarb Costa, 35, suspeito de roubar quatro carros e atirar contra várias pessoas -deixando duas delas feridas- na madrugada de anteontem.

Até a noite de ontem ele seguia foragido. Foi visto pela última vez na região da ponte da Casa Verde (zona norte), depois de abandonar um Celta batido no local.

Segundo o delegado Marcos Manfrin, Costa não tinha porte de arma. A polícia suspeita de que ele -parente dos fundadores da construtora Gold-farb- sofreu um surto psicótico e, por isso, saiu roubando carros e atirando a esmo.

Ontem, uma testemunha disse ter visto Costa deixar o condomínio onde mora em seu Corolla, com a mão esquerda ao volante e a direita empunhando uma arma. Ele trajava um colete à prova de balas.

Imagens que poderiam ajudar na identificação do suspeito não foram registradas por câmeras da CET nas avenidas dos Bandeirantes e Tancredo Neves. A companhia de trânsito confirma que o equipamento localizado na esquina da Tancredo Neves com a Nossa Senhora das Mercês, onde Costa fez vários disparos, não está funcionando.

Segundo a polícia, ele será indiciado sob suspeita de tentativa de homicídio, roubo, porte ilegal de armas e disparo de arma de fogo.

SOZINHO

O delegado informou que Costa frequenta estandes de tiro e leva uma vida solitária. Ele estudou administração de empresas e artes cênicas.

Segundo Manfrin, a namorada do suspeito, Luciane Rodrigues, 35, relatou, em depoimento, que ele tinha mania de perseguição.

Em entrevista à Folha ontem, Luciane afirmou que o suspeito é reservado, mas que jamais teve comportamento violento. "Essa pessoa da qual estão falando, que atirou em várias pessoas, não é o Michel que eu conheço", disse.

Nicolau Aun, defensor do administrador, diz que ele não fez contato e confirmou que Costa tinha aulas de tiro. "Se foi ele que atirou, não teve a intenção de acertar", disse.

Aun afirmou que Costa registrou, no ano passado, um BO contra um vizinho, que o teria ameaçado de morte.

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