Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Policiais usam redes sociais para unificar estratégias de protesto

FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE

Redes sociais e blogs viraram ferramentas fundamentais na organização dos protestos de PMs pelo país.

Como a categoria é proibida de manter sindicatos, ela usa perfis no Twitter e no Facebook e comunidades no Orkut para fazer o trabalho de unificação.

No site de uma associação baiana de PMs, os participantes agendam reuniões e até sugerem que pneus de carros policiais sejam esvaziados -em Salvador, PMs chegaram a furar pneus de ônibus.

Um dos comentários diz: "Convocação: todos os PMs têm que se dirigir às suas Companhias Independentes, só os covardes não vão."

Um site mantido por um soldado do Espírito Santo prega uma "greve nacional" para pressionar o governo pela aprovação no Congresso da PEC 300, que cria um piso federal para a categoria.

O deputado estadual de Santa Catarina Sargento Amauri Soares (PDT), dirigente da Associação Nacional de Praças, lembra que em uma revolta de policiais no Estado, há três anos, o site da entidade local chegou a ser tirado do ar pela Justiça.

"Hoje, o presidente da associação coloca uma notinha no Twitter e o Estado inteiro lê em segundos", afirmou o parlamentar capixaba.

Um sargento da PM da Bahia acampado na Assembleia do Estado afirma que o movimento não teria resistido nem um dia sequer sem o "mundo da internet".

O movimento dos PMs baianos usou as redes para oferecer contrapontos às informações do governo e anunciar suas reivindicações.

O soldado Pedro Queiroz, que participou das paralisações no Ceará em janeiro, disse que a militância virtual pode estimular uma sequência de protestos pelo país.

"Como há uma integração, talvez os companheiros de uns Estados vejam como é a articulação e se inspirem em copiar", afirmou Queiroz.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.