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Carlos de Loureiro Júnior (1935-2012)

Professor que se realizou no rádio

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Antes de se tornar comentarista esportivo e cobrir oito Copas do Mundo, o radialista Carlos de Loureiro Jr. passou dez anos dentro de salas de aula em Jacareí (SP), sua cidade, ensinando português.

Foi um bom professor, conta a mulher, Dalva, mas não sentia ter vocação para isso. Chegou a desistir também do cargo de fiscal de rendas, que conquistara em concurso na década de 60, por causa do rádio, sua grande paixão.

Filho de um caminhoneiro e de uma dona de casa, casou-se com Dalva, também professora, em 1958. Ela gostava de futebol antes de conhecer o marido, por influência de um irmão mais velho.

São-paulina, conta que Carlos, na época em que namoravam, tinha uma queda pelo Corinthians, o que não demonstrou mais por causa da profissão que escolheu.

Loureiro Jr., como era chamado, passou pelas rádios Pan-Americana, Bandeirantes, Gazeta, Globo (onde trabalhou com Osmar Santos e Fausto Silva), Record e emissoras de Goiânia e Curitiba.

A primeira Copa que fez foi a de 1966. Das oito que cobriu, esteve pessoalmente em cinco -a mulher o acompanhou em quatro. Gostava de ouvir a opinião dela.

Aposentou-se em 1984, mas continuou ativo. No ano passado, ainda comentou partidas em Piracicaba (SP).

Era piadista e dono de boas tiradas. Os colegas lembram-se de seu português correto. Também fazia trabalho de caridade numa igreja.

Morreu no domingo, aos 76 anos, em decorrência de um tumor no intestino. Teve quatro filhos (um deles, Guto, é radialista) e oito netos -sendo uma jornalista.

coluna.obituario@uol.com.br

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