Com 5.836 presos, antigo 'Cadeião de Pinheiros' vira o 'novo Carandiru'

Quando a questão é a superlotação, o pior presídio de São Paulo hoje é o CDP 4 (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, um dos quatro que formam o complexo prisional que funciona na marginal Pinheiros, uma das vias mais importantes da capital.

Com 512 vagas, o CDP 4 abriga 1.788 detentos, ou seja, tem 3,5 vezes mais presos do que a sua capacidade.

Juntas, as quatro prisões somam 2.056 vagas, mas o governo paulista mantém 5.836 detentos nas unidades. É o equivalente a 2,8 vezes a sua capacidade.

A superlotação e o fato de abrigar várias unidades cercadas pela mesma muralha rendeu ao complexo o apelido de "novo Carandiru", desativado em 2002. Anos atrás, o local era chamado de "cadeião de Pinheiros."

Boa parte dos presos do complexo prisional cometeu crimes relacionados ao tráfico de drogas, segundo entidades de direitos humanos.

"São acusados de pequenos crimes ligados ao tráfico de drogas, muitos deles vieram da cracolândia [no centro de São Paulo]", afirma Valdir João Silveira, padre-coordenador nacional da Pastoral Carcerária.