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Desequilíbrio na avenida

Beija-Flor e Vila Isabel se destacam na primeira noite e saem como favoritas

DO RIO

Beija-Flor, exaltando o Maranhão, e Unidos de Vila Isabel, cantando Angola, consolidaram, na primeira noite de desfiles do remodelado Sambódromo do Rio, o modelo de "superescolas" de samba, com carnavais de inovação, técnica do espetáculo e alto investimento.

As duas destoaram do universo simples, improvisado e despojado das outras cinco concorrentes da primeira noite. A Portela, com enredo em homenagem à Bahia, encantou com um samba de alta qualidade, soluções originais e baratas, mas num patamar inferior ao de Beija-Flor e Vila, que só devem encontrar adversários à altura em Unidos da Tijuca e Salgueiro, as estrelas da segunda noite do desfile.

Beija-flor e Vila Isabel tiveram carros luxuosos, fantasias criativas, bons sambas e, principalmente, a capacidade de surpreender. As surpresas vieram em momentos opostos dos desfiles.

Penúltima a entrar na avenida, campeã de seis dos dez últimos Carnavais, a Beija-Flor guardou seu grande momento para o final.

O último carro alegórico fazia referência ao enredo "Ratos e Urubus", com seus integrantes-mendigos vestindo trapos. A novidade em relação ao carro de 23 anos atrás foi que no lugar do Cristo Redendor proibido à época estava uma imagem imensa do carnavalesco Joãosinho Trinta, morto em 2011, de braços abertos. O público na Sapucaí saudou a Beija-Flor entoando, em vez do tradicional "é campeã!", "Joãosinho, Joãosinho!".

A Vila Isabel arrancou aplausos com um carro simulando uma savana. Ouviu gritos de "É campeã". A estreante Renascer de Jacarepaguá e Porto da Pedra são fortes candidatas ao descenso.

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