Justiça do Rio condena chefes do jogo do bicho

Três chefes do jogo do bicho no Rio, dois delegados federais da ativa e um aposentado, um policial civil e outras 17 pessoas foram condenadas ontem por fazerem parte da máfia do jogo na cidade.

Os contraventores Aniz Abraão David, o Anísio da Beija-Flor, 75, Aílton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, 71, e Antonio Petrus Kalil, o Turcão, 87, foram condenados a penas superiores a 48 anos.

O juiz José Eduardo Carreira Alvim, do Tribunal Regioinal Federal do Rio, e o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina também foram investigados. Como eles têm direito a foro privilegiado, os casos tramitam no STF.

A defesa de Guimarães disse que a prisão foi injusta. Os advogados dos outros condenados informaram que pretendem recorrer. A Justiça determinou que, pelo grau de periculosidade, dez deles deveriam ser presos imediatamente. Dois estão foragidos.

As investigações mostram que os contraventores formavam uma espécie de tribunal para decidir os rumos do jogo (bicho e caça-níqueis).

Segundo a PF, as decisões do "tribunal" se estendem a outros Estados do país e a outros países.