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Greve de ônibus em Minas entra no 2º dia

Comércio e coleta de lixo foram prejudicados com a paralisação; funcionários não têm conseguido ir ao trabalho

As empresas de ônibus recorreram à Justiça que determinou que 70% da frota circule nos horários de pico

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

A greve de motoristas e cobradores de ônibus urbanos em Belo Horizonte e região metropolitana entrou ontem no segundo dia. Mais ônibus circularam nas ruas, mas os transtornos continuaram.

Na tentativa de amenizar os prejuízos, as empresas de ônibus recorreram à Justiça do Trabalho, que, por medida liminar, determinou que o sindicato dos trabalhadores mantivesse 70% dos ônibus em circulação nos horários de pico (6h às 9h e das 17h às 20h) e 50% no resto do dia.

A decisão inclui multa de R$ 30 mil por dia em caso de descumprimento. O sindicato pretende recorrer.

COMÉRCIO

O comércio reclama de prejuízos de R$ 30 milhões nos dois dias de greve. O Sindlojas, que representa os comerciantes, informou que, anteontem, aproximadamente 30% dos funcionários não compareceram ao trabalho.

Muitos lojistas contrataram transporte para buscar os funcionários e tentar amenizar as perdas.

A greve afetou diversos setores. No caso da coleta de lixo, a média de atraso foi de quatro horas, segundo a SLU (Superintendência de Limpeza Urbana).

Houve casos, como no distrito do Barreiro, em que o lixo só começou a ser recolhido às 17h. Ontem, as empresas precisaram buscar os trabalhadores em casa.

Segundo a BHTrans (empresa que gerencia o transporte municipal), em média, 47% das viagens nas cinco estações terminais de Belo Horizonte foram cumpridas pelas empresas ontem, contra 29% no dia anterior. Com menos ônibus, mais pessoas tiraram os carros da garagem, o que piorou o trânsito.

Trabalhadores e patrões estavam reunidos até a conclusão desta edição no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para tentar um acordo.

A categoria reivindica 20% de reajuste. Já as empresas ofereceram 13%, com aumento de 20 minutos na carga horária -o que não foi aceito. Os patrões ofertaram, então, um reajuste de 6%.

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