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Polícia acha livros raros de botânica em sacos de lixo na rua

Suspeito que teria tentado negociar a venda das obras é preso; outras 4 pessoas envolvidas são identificadas

Só um dos 22 livros levados do Instituto de Botânica pela quadrilha custa R$ 109 mil em um antiquário dos EUA

ANDRÉ MONTEIRO
DE SÃO PAULO

A polícia recuperou anteontem em São Paulo as 22 obras raras roubadas do Instituto de Botânica em fevereiro. Os livros, que estão entre os mais importantes da botânica brasileira, foram deixados em sacos de lixo jogados em uma rua Ramon Penharrubia, na Bela Vista (centro).

Ao menos cinco pessoas estão envolvidas no crime. Uma já foi presa e quatro foram identificadas.

Um dos livros, o "Sertum Palmarum Brasiliensium", custa US$ 60 mil (R$ 109,8 mil) em um antiquário norte-americano, segundo alerta emitido pela Polícia Federal à época do roubo -as obras entraram em lista da Interpol.

No mesmo antiquário, gravuras que integram exemplares de outras obras roubadas custam de US$ 500 (R$ 915) a US$ 1.500 (R$ 2.746).

O Deic (departamento de investigações) chegou a Carlos Xavier de Araújo Lima, 38, que já era procurado por roubo, e passou a monitorá-lo para tentar identificar outros integrantes do grupo.

Segundo o delegado Nelson Guimarães, diretor do Deic, a repercussão do crime freou a negociação dos livros.

Os policiais disseram -sem revelar como- ter percebido, nos últimos dias, que as negociações com possíveis compradores estavam avançando, e que um encontro estava marcado para anteontem.

Foi assim que a polícia conseguiu deter Lima. Equipes buscaram outros suspeitos entre a Bela Vista e o Paraíso (zona sul), sem sucesso. Os policiais suspeitaram então de uma pilha de sacos de lixo na rua e acharam os livros.

Agora, a polícia busca câmeras que possam ter flagrado o descarte. Para a investigação, o grupo seria apenas executor do roubo -a ação foi planejada por pessoas que conhecem o Instituto de Botânica.

Vera Bononi, diretora do local, diz ter pedido ajuda da PM para melhorar a segurança.

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