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Polícia investiga assassinatos em série no litoral sul paulista

Suspeita é que homicídios são represália à morte de policial militar

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Uma série de cinco assassinatos, ocorridos entre a noite de terça-feira e o início da madrugada de ontem, colocou em alerta as polícias Civil e Militar em Santos e São Vicente, no litoral sul paulista.

A primeira vítima foi o soldado da PM Rui Gonzaga Siqueira, 46, assassinado na terça-feira passada na região conhecida como Zona Noroeste. As outras quatro mortes ocorreram nos dias seguintes, na mesma área. As vítimas eram moradores que podem ter sido assassinados, segundo os investigadores, em retaliação à morte do policial.

A suspeita da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar é a de que integrantes do 6º Batalhão, do qual Siqueira fazia parte, quiseram vingar a sua morte.

Os moradores mortos são: Eduardo Expedito Simões da Silva, 22, Willians Siqueira Fernandes, 21, Thaís dos Santos, 22, e Victor Basílio Soares, 26. Outras três pessoas, um homem e duas jovens (uma delas grávida) foram baleadas na Zona Noroeste e sobreviveram aos atentados.

Um ônibus também foi queimado na quarta-feira.

HISTÓRICO

Em abril de 2010, 22 PMs foram presos sob suspeita de participação em um grupo de extermínio que cometeu 22 assassinatos, isso apenas entre 17 e 26 daquele mês.

As 22 mortes foram em Santos, Guarujá, São Vicente e Praia Grande. As investigações apontam que elas ocorreram em retaliação à morte do soldado da PM Paulo Rafael Pires, 27, naquele mesmo mês de 2010, no Guarujá.

Em abril de 2011, o soldado André Aparecido dos Santos, do 6º Batalhão, o mesmo do soldado morto agora na terça-feira passada, foi preso à época sob suspeita de circular em um carro preto e atirar contra pedestres em Santos e São Vicente. Uma pessoa foi morta e nove, feridas.

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