Garoto morre ao ser atingido por hélice de escuna turística

O menino Saimon de Alexandre Oliveira, 9, morreu no domingo à tarde após ser atingido pela hélice da escuna na qual fazia um passeio pela baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ).

Saimon havia mergulhado com o pai, Jhones Oliveira, 29. Em depoimento à polícia, o pai contou que uma correnteza teria arrastado o menino para debaixo da embarcação, o que fez com que ele fosse atingido pela hélice da escuna Juliana 1.

O caso está sendo investigado como homicídio culposo (sem intenção de matar).

Segundo testemunhas, o passeio começou por volta das 12h e havia 89 pessoas na escuna. Pouco antes das 15h, a embarcação parou na ilha de Cataguás para que as pessoas mergulhassem. Oliveira e o filho pularam pela parte dianteira utilizando boias.

"O pai do menino contou que ele e o filho foram arrastados por uma corrente repentina. Ele conseguiu mergulhar e escapar da hélice, mas o menino não", disse o delegado Francisco Benitez.

De acordo ele, outros passageiros contaram em depoimento que tripulantes da escuna orientavam os turistas que mergulhavam a não se aproximar da parte traseira enquanto o motor estivesse ligado.

A polícia quer saber se a embarcação manteve o motor ligado enquanto os passageiros mergulhavam e se esse procedimento é comum.

Depois do acidente, uma médica que estava em outra embarcação próxima prestou os primeiros socorros ao garoto até a chegada do Corpo de Bombeiros.

Quando foi colocado na lancha de socorro, o menino já estava morto.

A Capitania dos Portos apreendeu a embarcação, que passará por perícia. A Marinha tem prazo de 90 dias para concluir a investigação sobre as causas do acidente.