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EUA a granel

Presença de brasileiros em Miami, Orlando e NY deve subir ainda mais; veja alguns (bons) preços

LÍVIA SAMPAIO
ENVIADA ESPECIAL A MIAMI E ORLANDO

Como reconhecer um brasileiro comprando nos EUA? Fácil. A maioria nem leva sacolas: carrega malas com rodinhas, que terminam o dia abarrotadas. Na loja da Apple do Aventura Mall, na Grande Miami, o vendedor Nelson descreve: "Brasileiro é o cara que pede oito iPhones e cinco iPads".

Agora, com dois novos postos para tirar o visto em São Paulo e a taxa única de US$ 160 (R$ 300), anunciados na última quinta, a presença deve ficar ainda mais comum.

Os futuros postos abrirão também aos sábados e domingos e o novo site de agendamento deve entrar no ar dia 30.

Tudo para atender a uma demanda que não para de crescer. De 2006 para 2011, os pedidos de visto triplicaram, passando de 311.390 para 944.868 -5% são negados.

Os atuais 3.400 processamentos diários na cidade devem saltar para 5.000.

Procurado por tanta gente, o consulado americano, na zona sul de São Paulo, vive dias insuportáveis. Pessoas chegam a desmaiar na fila por conta do calor ou são obrigadas a ficar sob a chuva.

Uma injustiça com os brasileiros, que já estão entre os maiores gastadores nos EUA. Em Nova York, são os campeões, com média diária de US$ 415 por pessoa em 2010.

O número de turistas daqui subiu 77% por lá entre 2009 e 2011. Em Miami, ficamos em primeiro tanto em visitação quanto em gastos -em 2010, a média por pessoa foi de US$ 271,69 por dia.

Compramos tanto porque os preços chegam a ser três vezes mais baratos.

O economista Fernando Botelho, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), explica a diferença: "Aqui o mercado é menor, sem tanta variedade, e gastos com aluguel e funcionários são maiores". E o peso da carga tributária é enorme.

De olho em tudo está a Receita Federal, que tem parado 1 em cada 7 passageiros na fila do "nada a declarar" -o limite para aquisição fora do país livre de imposto continua US$ 500.

A reportagem bateu perna em Miami e Orlando e separou dicas para todo tipo de consumidor.

Mas destaques mesmo são os centros de compras -seja de rua ou fechados.

Em Miami há o Bal Harbour Shops, com coleções frescas de marcas famosas, um bairro como o Design District, que tem lojas como a do designer de sapatos Christian Loubotin. Perto dali, na cidade de Sunrise, está o Sawgrass Mills, com 350 lojas.

O Orlando Premium Outlets, que carrega no nome a cidade também muito procurada por brasileiros, é rota certa.

Quem for mais para cima -Nova York- também tem ótimas opções, entre elas o Jersey Gardens, a 45 km de Manhattan, e o Woodbury, que vende peças de estilistas famosos com até 80% de desconto.

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