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Rio faz blitz contra anúncios de prostitutas nos orelhões

DO RIO

Quinze prostitutas e travestis foram detidos sob suspeita de colar cartazes com propagandas de prostituição em orelhões no bairro de Copacabana, zona sul do Rio.

A repressão teve início na semana passada.

Elas foram indiciadas sob suspeita de dano contra o patrimônio público e escrito obsceno, e podem ser condenadas a cinco anos de prisão.

A polícia iniciou a operação depois de receber uma denúncia de moradores que se sentiam ofendidos com os cartazes que mostram fotos de mulheres nuas -normalmente sem mostrar o rosto- e mensagens com conteúdo pornográfico. Prostitutas e travestis ouvidos pela polícia disseram "desconhecer que colar panfletos em telefones públicos é crime".

Desde a semana passada, policiais ligam para os números de telefone dos anúncios colocados no bairro, marcam um encontro e vão até os endereços repassados.

"Observamos que as pessoas que oferecem esses serviços atuam sozinhas. Não há suspeita da atuação de agenciadores", disse o delegado assistente Alexandre Magalhães, da delegacia de Copacabana. Ele lembrou que a prostituição não é crime -apenas o favorecimento ou agenciamento são ilegais.

Detida na terça-feira, a travesti conhecida como Priscila diz que colava panfletos em orelhões de Copacabana havia mais de três meses para atrair clientes.

"Comecei a colar a divulgação porque vi outras meninas fazendo o mesmo. Levei um susto quando os policiais chegaram ao meu apartamento, já que eu não sabia que estava cometendo um crime. Nunca mais faço isso", disse Priscila.

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