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Carlos Roberto De Oliveira, o Dicró (1946-2012)

Representante do samba de duplo sentido

DO RIO

Morreu em Magé (região metropolitana do Rio), na noite de quarta-feira, o sambista Dicró -nome artístico de Carlos Roberto de Oliveira. Ele tinha 66 anos.

Diabético, ele sofreu um infarto poucas horas após ter passado por uma sessão de hemodiálise.

Fluminense de Mesquita, Dicró era mestre do samba de duplo sentido. O apelido é do tempo em que fazia parte da ala de compositores de um bloco de Nilópolis (Baixada Fluminense). Ao assinar as composições, ele colocava as iniciais do seu nome (C.R.O.)

Gravou álbuns entre 1977 e 2002, ganhando relativa popularidade com "Barra Pesada" (1978), "Dicró" (1979) e "O Professor" (1981).

O músico já estava praticamente esquecido em 1995, quando uniu forças com Moreira da Silva (1902-2000) e Bezerra da Silva (1927-2005).

Juntos lançaram o CD "Os 3 Malandros in Concert", uma espécie de sátira sambista aos Três Tenores, Plácido Domingo, José Carreras e Luciano Pavarotti, que, então, faziam concertos por todo o mundo.

Mas o sucesso nacional aconteceu de fato a partir do quadro "Verão Bacana", que apresentou no "Fantástico", da Rede Globo, em 2010. Ele deveria ter aparecido no programa só uma vez, mas seu carisma e humor agradaram a emissora, que o contratou.

Seu último disco foi "Dicró no Piscinão" (2002), que prestava homenagem à famosa praia artificial pública em Ramos, na zona norte carioca.

O corpo do cantor foi enterrado ontem no Cemitério Parque Jardim de Mesquita, na Baixada Fluminense (RJ).

Dicró deixa mulher, três filhos e três netos.

coluna.obituario@uol.com.br

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