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Médico é suspeito de racismo em Brasília

Atendente de cinema diz que foi insultada

DE BRASÍLIA

O médico Heverton Menezes, 62, fugiu de um shopping em Brasília após ser acusado de racismo por uma atendente de bilheteria de cinema.

No domingo, ao chegar atrasado para a sessão de um filme, ele teria se irritado com a demora no atendimento e começado a insultar Marina Serafim, 25.

"Ele disse que eu não deveria estar morando aqui. Deveria estar morando na África, cuidando de orangotangos", disse Marina. Diante da reação dos clientes, ele saiu às pressas do shopping Liberty Mall, como mostram imagens de câmeras de segurança.

O delegado responsável pelo caso, Marco Antonio de Almeida, afirmou que o suspeito pode responder pela acusação de crime de injúria racial -a pena é de um a três anos de prisão e multa.

"Fica configurado o crime de injúria, qualificado por ter utilizado elementos em relação à raça e à cor da vítima."

Segundo Almeida, o médico esteve envolvido em situação semelhante há dez anos, quando discutiu com uma mulher que organizava uma fila em local de votação.

Menezes deve prestar depoimento amanhã. O advogado do médico, Aldo Zago, nega as acusações.

"Ele não praticou toda essa ofensa. Pode ter ocorrido uma discussão, como se tem diariamente com a secretária ou o porteiro do prédio, mas não a título de prejudicar e humilhar a pessoa", disse.

(FLÁVIA FOREQUE)

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