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Após mortes, vacinação antirrábica está de volta

Campanha começa amanhã em São Paulo

DARIO DE NEGREIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os cinco gatos da comerciante Marilene Almeida, 60, sempre foram vacinados gratuitamente em campanhas públicas de imunização.

Mas, desde 2010, quando foram registradas mortes de animais após a vacinação, Marilene prefere pagar uma clínica particular. "Eu fiquei com medo de dar algum problema e perder os bichinhos."

Neste ano, para garantir uma boa adesão da população à campanha de vacinação antirrábica, que começa amanhã em São Paulo, os organizadores terão de reconquistar a confiança dos donos dos animais.

"Essa vacina é supersegura", garante a médica veterinária Tamara Cortez, do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de São Paulo. "É a mesma das clínicas particulares e tem um índice baixíssimo de reações adversas."

O Ministério da Saúde, que distribui as doses aos Estados, afirma que o processo de produção das vacinas foi aperfeiçoado.

O posto público da Vila Madalena, que funcionará no próximo domingo, deve ser o destino de Mufasa, o gato da artista plástica Sara Lopes, 27. "Antes vou conversar com um veterinário", diz.

No total, serão 2.064 postos volantes, que funcionarão em dias pré-definidos. E outros 17 fixos, abertos diariamente até o dia 3 de junho, quando termina a campanha. Só em São Paulo, serão 1,2 milhão de doses da vacina.

Desde 2001, o Estado não tem casos de raiva humana.

ÁGUA E SABÃO

Depois de pedir 8 milhões de doses e receber apenas 3 milhões, o Estado teve de eleger 57, dentre seus 645 municípios, para receberem as campanhas deste ano.

Contatado pela Folha, o Ministério da Saúde afirmou que mais 4 milhões de doses serão repassadas no segundo semestre.

Mas nem só de vacina é feita a prevenção à raiva. "Lavar a área mordida com água e sabão evita [a contaminação de] 90% dos vírus", explica Tamara. Ela destaca que se deve procurar atendimento mesmo quando mordidas ou arranhões de cães e gatos não causam ferimentos graves.

Em 2012, o primeiro caso de raiva no Estado foi registrado em Ribeirão Preto (313 km de SP). Um cão contraiu o vírus após ter contato com morcegos. "Um morcego caído, voando de dia ou pousado no muro, é um animal suspeito de raiva", diz. Nesses casos, a prefeitura deve recolher e examinar o animal.

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