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Gilda Ubriaco de Simone (1930-2012)

A paulistana e a costura por um fio

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

A costura, para a paulistana Gilda Ubriaco de Simone, era tanto um hobby quanto uma fonte de renda, ou seja, um trabalho que ela realmente sentia prazer em realizar.

Filha de um marinheiro que depois trabalhou como vendedor e de uma dona de casa, teve linhas e agulhas como únicas ferramentas de trabalho durante toda a vida.

O casamento, porém, deixou a atividade por um fio.

Durante sua juventude, quando era chamada de Seca e Cinturinha de Pilão, por ser magrinha, era comum a prática do footing, um passeio a pé por determinados pontos da cidade com a finalidade de arranjar um par.

Foi recorrendo à prática que Gilda conheceu Camillo, 83, na rua do Brás onde morava, no centro de São Paulo, segundo lembra a família.

Depois que se casaram, em 1955, o marido a proibiu de trabalhar. Mas ela dava um jeito de burlar a fiscalização dentro de casa e costurar escondida. Conta a família que Gilda fazia trabalhos para clientes da alta sociedade.

Com Camillo, que foi vendedor, funcionário de uma metalúrgica e hoje está aposentado, morou no Brás e na Bela Vista, região central de São Paulo. Tiveram três filhos.

Alegre, não perdia uma festa, lembram as filhas. Onde tinha reunião de parentes, lá estava ela. Também era viciada em palavras cruzadas.

Há cerca de um ano, descobriu um tumor no pâncreas. Morreu na terça-feira (15), aos 81, em decorrência da doença. Deixa cinco netos.

A missa do sétimo dia será realizada hoje, às 20h, na igreja Imaculada Conceição, na Brigadeiro Luís Antônio, 2.071, Bela Vista, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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