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Márcia Regina Pavani (1952-2012) Professora que ensinava a ler e fazer origamis ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO Um grupo foi convidado a ir até o colégio Miguel de Cervantes, em São Paulo, para ensinar origami aos alunos. Márcia Regina Pavani -que não era aluna, mas professora da instituição- aproveitou para aprender também. E se deu tão bem na atividade que acabaria, mais tarde, sendo chamada para integrar o mesmo grupo e ensinar a técnica a crianças em shoppings e em outras escolas. Filha de um gráfico e de uma dona de casa, nasceu em São Paulo e cresceu no bairro do Ipiranga, na zona sul, entre italianos. Por isso, pegou o acento típico, e a vida toda falou com certo sotaque. Dizia "San Paolo" e usava expressões como "isso aqui está um 'pasticcio' (bagunça)". Formada professora pelo colégio Caetano de Campos, trabalhou por cerca de 35 anos alfabetizando crianças. Primeiro, em colégios pequenos; depois, no Miguel de Cervantes, onde ficou da fundação, em 1978, até se aposentar, cerca de 25 anos depois. Casou-se duas vezes. Da primeira união, teve a única filha, Carolina. O segundo marido, o espanhol Manolo, com quem viveu até o fim, ela conheceu no Cervantes. Ele era pai de uma aluna sua. Mesmo aposentada, continuou dando aulas -até este ano, lecionou num colégio no Butantã, na zona oeste. O único neto, João Pedro, 7, sabe ler desde os quatro anos. Culpa da convivência com a avó. Adorava organizar álbuns de fotos da família e amigos. Teve um câncer. Ia começar um tratamento quando morreu, na segunda (18), aos 59, após um aneurisma. A missa do sétimo dia será no domingo, às 18h, na igreja São Pedro e São Paulo, na capital. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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